sábado, 11 de novembro de 2017
terça-feira, 7 de novembro de 2017
55 anos da morte de José Silveira
José Silveira
Todas alcançaram certo prestígio político, mas
nenhuma alcançou tamanha notoriedade quanto o Sr. José Benedito
da Silveira, ou José Silveira, como era conhecido, cujo resumo da sua trajetória
descrevemos a seguir:
Filho de Mogeiro, foi prefeito de Itabaiana e em
muito contribuiu para o desenvolvimento daquela cidade, bem como, dos seus
distritos: Distrito de Paz do Mogeiro e de Salgado de São Félix, por ter
investido tanto em obras quanto no combate à pobreza.
Além de ser um bom administrador, demonstrado frente aos negócios de seu pai, era uma figura de excelente qualidade moral e capacidade de trabalho. Sensível às causas humanitárias, era considerado o pai da pobreza.
Além de ser um bom administrador, demonstrado frente aos negócios de seu pai, era uma figura de excelente qualidade moral e capacidade de trabalho. Sensível às causas humanitárias, era considerado o pai da pobreza.
No pleito de 1962 elegeu-se prefeito do município
de Mogeiro. A insistência em antecipar sua posse, antes de expirar o prazo
fixado pela Justiça Eleitoral para o prefeito em exercício, Sr. Diomedes
Martins da Silva, deixar o cargo, constituía-se numa atitude arbitrária, mas
ainda assim ele insistiu. Colocou uma mesa numa sala anexa a uma casa
residencial, convocou seus vereadores, improvisou uma seção e empossou-se no
cargo. Daí em diante, houve ameaças e descomposturas culminando na maior
tragédia registrada no município: o seu assassinato em 07 de novembro de 1962.
Do ponto de vista político, pelas qualidades morais
que tinha e pelo sentimento de solidariedade humana que demonstrava, até hoje
ele é lembrado e reverenciado pela população como mártir na região, considerado
a maior personalidade do município.
Fonte: Livro: Prefeitura Municipalde Mogeiro: Ações de cultura e Turismo como Estratégia de Relações Publicas( José Antonio Alves/ João Batista Micena Barbosa/ Prof. Dr. Severino Alves de L. Filho).
domingo, 5 de novembro de 2017
sexta-feira, 13 de outubro de 2017
Memorial Itabaianense lança jornal
A Associação Cultural Memória Viva - Memorial Itabaianense fez o lançamento do seu jornal intitulado "O Memória" . Composto de crônicas, notícias e relatos, o periódico busca evocar a memória e divulgar a história da cidade e de seu povo. A edição está disponível na sede da Memória Viva, à Rua Antonio Ananias, nº 2 (Rua da Gameleira).
quarta-feira, 30 de agosto de 2017
Um inesquecível fotógrafo itabaianense.
Hoje, 19 de agosto, é o dia do fotógrafo e, mais uma vez, volto
a relembrar um fotógrafo que tirou minhas primeiras fotografias.
Esse fotógrafo é um marco na história de Itabaiana. Refiro-me ao Sr. Wilson que dedicou toda sua vida à fotografia. Quem de nós
itabaianenses não foi por ele fotografado, quer fosse nas fotos 3 X 4 que sempre
precisávamos para o colégio, para as emissões de documentos e até mesmo para
andar com elas na carteira para dar as namoradas.
Parece que estou vendo, em todos os eventos lá estava Sr.
Wilson sempre vestido de branco com a máquina fotográfica pendurada no ombro e
com aquele caminhar balançando, sempre brincando com todos que por ele passava.
Quando fotografando era muito exigente em manter os
fotografados na pose perfeita e no ângulo certo para o flash, ia e voltava
várias vezes para arrumar o fotografado e, em fotos de grupos, a preocupação era
muito maior.
Muitas das fotos das décadas de 50 a 80 de todos os eventos
de Itabaiana foram por ele clicadas.
Lembro que muitos de nós gostávamos de tirar fotos
individuais no studio dele. Recordo que na época existia uma mania de se tirar
foto esticando o pescoço de lado, eu até cheguei a tirar e hoje quando vejo vem
um pouco de riso.
Sr. Wilson mantinha na parede externa do studio, que ficava
no interior da casa de Neo Ananias, um painel de fotos que batia em eventos ou
as individuais das pessoas e colocava para que todos que passassem admirasse.
A ansiedade para vermos essas fotos era grande e elas demoravam
um pouco a serem postas, porque na época as revelações eram artesanais.
Sr. Wilson onde estiveres te parabenizo e rogo a Deus a Paz
em teu descanso eterno.
Lando Araujo.
sexta-feira, 11 de agosto de 2017
Memória Viva recebe acervo de Abelardo Jurema
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Registro com as fotos e documentos doados. |
Visitou a Memória Viva-Memorial Itabaianense, na tarde do dia
09 deste mês, o escritor e jornalista
Abelardo Jurema Filho para doar parte do acervo do seu pai Abelardo Jurema.
Acompanhado da esposa Maria Lúcia, da irmã Nara e de Ladjane Paschoal, Abelardinho doou fotos,
documentos, cartas e publicações, rico material que conta a trajetória do
ilustre filho de Itabaiana.
Na vida pública Abelardo Jurema foi prefeito de Itabaiana e de João Pessoa,
secretário do Interior e Justiça do Estado, senador, deputado federal e
ministro da justiça.
Na memorável e descontraída tarde, o acervo foi recebido por Margaret
Santiago Bandeira, presidente, e por Luciano Correia Marinho, criador, sócio
fundador e colaborador da Memória Viva.
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Abelardo e Nara mostram a foto do avô Manoel Germano de Araújo, primeiro prefeito de Itabaiana. |
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Na galeria dos prefeitos, Abelardo, Nara e Maria Lúcia com a foto de Abelardo Jurema . |
sábado, 5 de agosto de 2017
As Craibeiras de Itabaiana
Aquelas duas craibeiras gigantes, da Praça Desembargador Heráclito Cavalcanti, em Itabaiana, que no mês de Dezembro se cobriam de flores côr de ouro e projetavam uma sombra acariciante e morna e em seus ramalhos os pássaros enamorados iam fazer os seus ninhos, caíram no chão aos golpes impiedosos do machado de um Prefeito desalmado, precisamente no mês de setembro quando se comemorava o Dia da Arvore.
Recordo-me que nos idos de 1915 quando residia em Itabaiana, aquelas
duas craibeiras, agora abatidas cruelmente, já eram majestosas e davam Flores
douradas. E cresciam para o Alto querendo tocar as estrelas com a sua majestade
silenciosa. E escrevi uma crônica sob o título Arvore dourada, publicada no
"Jornal", hebdomadário de propriedade do dr. Odilon Maroja, tecendo
um hino panteísta àquelas árvores tão boas, onde se ia, debaixo de sua copa,
conversar com as moças elegantes da época: Ducinha Batista, Olga Araújo, Araci
Coutinho, Agripina Ferreira, Nenen Batista, Afrinha, Lindinha Henriques,
Ducinha e Carminha Coélho, Lizete e Guiomar Rezende, Severina e Heloiza
Almeida, que andavam bolindo com o coração dos rapazes. E era ainda, na magia
da sua sombra, que se reuniam Batista Lins, Zuza Ferreira, Alcebiades
Gonçalves, Aurélio Ferreira, Aquilidones Guimarães, Euclides Ferreira, João
Florindo, Regis Velho, José Maria Menezes, Melquíades Montenegro, Severino
Moura e outros, a juventude, dourada daquele tempo, recitando versos,
discutindo política e literatura. Era debaixo da sua florada côr de ouro,
ouvindo a voz dos segredos, que se realizava o encontro poético dos namorados.
E as preferidas passavam, elegantes e sedutoras, atraindo os corações com a
chama do seu olhar...
Gozando a frescura daquele sombreiro florido brincavam os alunos do
Colégio de "Seu" Maciel, os meninos Olívio Maroja, Zé Lins do Rêgo, que
naquele colégio era conhecido por Doidinho, Melquíades Montenegro, o latinista,
e outros, que são hoje figuras de relêvo no mundo das letras do Brasil. E as
meninas do Colégio de Dona Mariêta, como um bando de borboletas traquinas,
folgavam também naquela sombra incendiada de luz ao pino do meio dia, como num
refúgio confortador.
Quando o Prefeito anunciou a sua resolução, de derrubar aquelas duas árvores portentosas, plantadas há quase um século, quando Itabaiana era um pouso de boiadeiros para a feira de gado grosso, as matronas venerandas da cidade, dona
Ritinha Coelho, dona Hosana Cordeiro e outras, zelosas da tradição e da beleza da
sua terra, mandaram pedir ao Edil que não praticasse tão hediondo vandalismo.
E, diante desse gesto cheio de emoções e de um justo sentido ecológico,
que fez o Prefeito? Teve um sorriso de mofa, e recebeu aquela mensagem com um
ar maligno... E as árvores quase seculares, foram abatidas perversamente...
Que mal faziam aquelas árvores? ... Eram majestosas e Acolhedoras.
Desapareceram para sempre da paisagem ambiental de Itabaiana, e com elas, a
apoteose de suas flores cor de ouro, em dezembro. Se foram, como aquelas figuras
antigas: Neco Germano, João Lins, Odilon Maroja, Antônio Coitinho, Augusto Coêlho,
o Juiz Azevedo, o promotor Samuel, o velho Lucinho, Major Nenéu, Joca Paula,
Seu Tonho Menezes, o Chico Soter, e tantos outros, que só ao lembrar-los se
enche meu coração de saudade... Há apenas uma diferença dentro da realidade: enquanto
aquelas figuras antigas que talvez tivessem visto as craibeiras nascerem, ou
crescerem e darem flores e sombra, entraram na Eternidade serenamente,
conduzindas pela mão da Morte, e aquelas árvores, coitadas, desapareceram aos
golpes do machado, como criminosos abatidos por um carrasco. Os seus troncos,
os seus galhos, os seus ramos foram servir de combustível, atirados à bosa das
fornalhas pedindo lenha, das padarias da rua do carretel...
Na Índia, aos tempos dos vedas, as suas divindades mandavam decepar as
mãos daqueles que criminosamente abatia uma árvore que dava frutos ou flores,
sombra amena e aconchegante ou carinhosamente abria a sua copa para o ninho das
aves...
O eminente Sr Pedro Gondim, Governador eleito da Paraíba, não deve se desaperceber
de tão estúpida depredação...
Henrique de Figueiredo, Caruaru, Outubro de 1960.
quinta-feira, 13 de julho de 2017
Meu inesquecível amigo Garçom
Minha historinha de hoje vai para um itabaianense brabo todo, de uma cara feia danada, mas de um coração maior do que ele, incapaz de dizer um não a um pedido e, como era engraçado ele dizer de imediato, “ vou fazer isso não, ta doido” quero confusão pra cima de mim não, bastava a gente dizer, vai, faz isso, me ajuda, e ele se desmanchava todo para nos atender, era reclamando e atendendo.
Eu era jovem, como muitos que aqui se faz presente. Dia de festa ou não sempre estávamos no Itabaiana Clube, às vezes jogando dominó, dama e outros jogos e, lá estava ele no barzinho no fundo do clube fazendo alguma coisa. De vez em quando gritava: vamos acabar com esse jogo aí, preciso fechar o clube. Nem ligávamos, fazíamos que não ouvia, ele aumentava o tom, a gente nem ligava, aí ele terminava vindo brincar conosco.
Dia de festa trabalhava feito um louco no bar, sempre nervoso, mas nunca deixava de nos atender e, era esse jeitão que nos fazia cada vez gostar dele. Esse querido itabaianense que lembro com muito carinho e saudade é o meu, o nosso inesquecível amigo “ Garçom” Nelson, que para irritá-lo, carinhosamente nós o chamávamos de mamão furado.
Nelson era um cara tão bacana, que dia de festa até se arriscava para atender as jovens, veja o que ele fazia. As meninas lindas e donzelas iam ao baile com os pais ao lado, se mostravam sempre quietinhas, bebidas só refrigerantes, outro tipo nem pensar. Os pais sentiam-se felizes porque as filhas de repente se mostravam alegres curtindo a festa, rindo muito, se balançando na cadeira e querendo muito ir para o salão dançar. Ai, entra o Nelson na historia, os refrigerantes para elas servidos era dosado de rum, pedidos que elas antecipadamente faziam ao Nelson na surdina e, mesmo se arriscando, mas como disse acima tinha o coração maior do que ele, não deixava de atender. Esse era o meu querido Nelson, garçom que fez parte da historia de nossa Itabaiana. Esteja onde estiver Nelson, meu abraço e minha saudade.
Orlando Araujo.
quinta-feira, 6 de julho de 2017
Aracílio Araújo "A máquina de fazer forró"
Aracílio Gomes de Araújo, nasceu em Itabaiana no dia 12 de junho de 1950, na rua Heroína Maria Cleide, antiga Rua do Rio. Filho de Severino Gomes da Silva(o popular Biu da Barraca) e de Iracema Araújo da Silva, foi o 11º filho de uma próle de 20 irmãos. Na infância, estudou na Escola João Fagundes de Oliveira, que funcionava na antiga União de Artistas e Operários. Torcedor fanático do União Esporte Clube, chegou a ser jogador do seu time do coração. Seu primeiro emprego em Itabaiana foi como motorista do ex-prefeito Severino Ramos da Silva(Galego).
Aos 21 anos, em 1971 mudou-se para o Rio de Janeiro, anos depois retornou para a sua terra natal, depois mudou-se para o estado do Mato Grosso, logo após para João Pessoa e em seguida, em maio de 1979 mudou-se para o Recife, fixando-se em Olinda, onde todo o seu talento veio à tona. Para difundir o seu trabalho, passou a integrar o elenco de Artistas Pernambucanos como compositor. Gravou com Alceu Valença no CD intitulado "Forró de Todos os Tempos", assinando cinco de suas obras. No dizer de Alceu Valença, o compositor e cantor Aracílio Araújo "é uma formidável máquina de fazer forró". De fato, desde 1971, quando deixou a sua terra natal, não parou de emplacar as suas composições na gravação dos mais renomados artistas nacionais, como o próprio Alceu Valença, Elba Ramalho, Fagner, Marinês e sua Gente, além de artistas de sucesso regional como Flávio José, Alcimar Monteiro, Maciel Melo e muitos outros.
As músicas de sua autoria que mais se destacaram foram: "Eu quero ver você dizer que sou ruim", "Forró de Olinda", "Coco do Rala Coco", "Forró Calangueado" e "Essa menina" na voz de Alceu Valença, a música "Forró do Chic-tac" na voz de Fagner e Elba Ramalho e "Deixa o Rio Desaguar" com Félix Porfírio e Flávio José, que virou o hino do movimento pela transposição do rio São Francisco.
Aracílio não é apenas um compositor. Com uma indefectível performance de voz ritmada, tem conquistado plateias em praças públicas por onde tem se apresentado, acompanhado de sua banda, Forró Sem Fronteira. A presença de palco e a divisão perfeita da melodia têm suscitado elogios e referências insuspeitas de críticos da imprensa pernambucana. Aracílio Araújo também conquistou o 1º lugar no Forró Fest 200, realizado no Estado da Paraíba, com uma de suas composições - "Minha Bandeira".
Outras músicas de Aracílio que também tiveram grande destaque foram: "Amor não é brincadeira" na voz de Genival Lacerda, "Remelexo, Swing, Suor" na voz de Marinês, "Pra todo mundo" e "Novilha rainha" na voz de Flávio José, "Maracatuando no Forró" na voz do Trio Nordestino, "Mão de Vaca" e "Cheirinho dela" na voz de Pinto de Acordeon, e "Forró Calangueado" na voz de Teca Calazans.
E foi através da música, que Aracílio encontrou uma forma de homenagear a sua querida terra, "Itabaiana é meu canto" uma música que recorda sua infância e o passado da cidade que ele tem orgulho de representar por onde passa.
Fonte: Homenagem a Aracílio Araújo feita pela Loja Maçônica Duque de Caxias nº 14, de Itabaiana - PB, em um evento realizado no dia 19/08/2011 no Itabaiana Clube. Com algumas informações a mais ditas pelo próprio Aracílio em entrevistas.
Para ouvir a música "Itabaiana é meu canto" clique no link abaixo:
Aracílio Araújo - Itabaiana é Meu Canto
segunda-feira, 5 de junho de 2017
Itabaiana na Exposição Internacional de Turim na Itália
Em 29 de abril de 1911, o município de Itabaiana,
pertencente à então Parahyba do Norte, representando o Brasil na Europa,
conquistou a medalha de honra internacional, referente ao título de melhor
produtor de couro do mundo. O torneio foi disputado em Turim, na Itália.
A Primeira Exposição Internacional de Turim foi
realizada entre os meses de abril a outubro de 1911, em comemoração ao
cinquentenário do Reino da Itália. O evento chamou à atenção de milhares de
visitantes, contando com a presença do rei Vítor Emanuel III, de monarcas, das
mais altas autoridades do reino e representantes de vários países, dentre eles
o Brasil, que possuía dois pavilhões de exposições, localizados às margens do
rio Pó.
O jornal “A União”, em 28 de setembro de 1913,
publicou uma ampla matéria sobre a comenda recebida pelo industrial Antônio
Firmino, da cidade de Itabaiana, nos seguintes termos:
“A indústria de couro surgiu sob os melhores
auspícios, pela dedicação e esforço do inteligente industrial Antônio Firmino
da cidade de Itabaiana. O preparo de peles de animais para calçados,
representados pelos exemplares enviados pelo senhor Firmino e Cia., mereceram
do jury da exposição de Turim uma justa recompensa. Nos mercados italianos,
belgas e franceses este gênero encontrou o melhor acolhimento. ”
O prêmio foi singularizado em uma placa de bronze e
com alto relevo. Na medalha, vê-se escrito, em italiano, a frase: “ESPOSIZIONE
INTERNAZIONALE DELLE INDVSTRIE E DEL LAVORO’. Torino MCMXI. – ANTONIO FIRMINO
& CIA. PARAHYBA DO NORTE. A foto anexada à postagem diz respeito à medalha,
que encontra-se em meu acervo pessoal.
Sonaldo Vital de Oliveira
quinta-feira, 1 de junho de 2017
Atriz Zezita Matos visita o Memorial Itabaianense
Artur Anderson, Carlyto Campos, Geraldo Minervino, Zezita Matos, Socorro Almeida, Débora Lins, Clévia Paz e Cínthia Cecília.
Zezita, Carlyto e os monitores em frente ao Memorial.
Visita a sala "Sociedade" onde estão reunidos objetos e móveis de populares, e fotografias de acontecimentos.
Visita a sala "Política" onde está a Galeria de Ex-prefeitos.
Apresentação do projétil de bala de ganhão encontrada na década de 30 por moradores as margens do Riacho das Pedras, local onde ocorreu a Batalha do Riacho das Pedras em 1824.
Visita ao monumento e a nova gameleira plantada no mesmo local da secular gameleira derrubada.
Carlyto assinando o ponto de visita.
Zezita assinando o ponto de visita.
No último dia
13 de maio, a atriz pilarense Zezita Matos esteve em Itabaiana participando da
plenária da Academia de Cordel do Vale do Paraíba. Aproveitando a vinda a
cidade, visitou o Memorial Itabaianense acompanhada do músico Carlyto Campos. Durante
a visita ambos parabenizaram a Associação Cultural Memória Viva pela brilhante
ideia de criar o Memorial.
“Eu e Carlyto, de fato ficamos encantados com o trabalho do
Memorial Itabaianense. Primeiro por que isto demonstra o quanto os seus
criadores e gestores estão preocupados em registrar os fatos, os dados dos que
fizeram a história desta cidade. Isto tanto para quem a visita quanto para a
juventude que precisa conhecer e preservar os feitos dos seus antepassados.
Segundo a história registrada através das fotos das famílias que são de um
legado incomensurável.” Disse Zezita.
Ela também visitou a gameleira
que foi plantada pelos membros do Memorial e por vários populares que participaram
da inauguração do mesmo em 28 de dezembro de 2016. A gameleira foi plantada no
mesmo local de outra secular gameleira que foi derrubada por gestores passados
para a construção de uma praça; gameleira esta que viu a cidade nascer e
crescer ao seu redor.
“Registramos também a beleza
daquele monumento onde foi cortada a árvore. Carlyto frisa o que já foi
mencionado por vários poetas e escritores "um povo que não preserva sua
história é um povo sem cultura.” Parabéns para todos que estão preservando e
guardando suas memórias.” Completa Zezita.
Fotos: Michel Melo
terça-feira, 30 de maio de 2017
Alunos de Escolas de Itabaiana visitam o Memorial Itabaianense durante semana de aniversário da cidade
Alunos do 9º ano do Colégio N. Sra da Conceição
Alunos do 8º e 9º ano do Colégio Dom Bosco
Alunos do 8º ano do Colégio N. Sra da Conceição
Alunos do 4º e 5º ano da Escola Estadual João Fagundes de Oliveira
Alunos de várias escolas de Itabaiana visitaram o Memorial Itabaianense durante a semana de comemorações ao aniversário da cidade. As visitam começaram na segunda-feira (22), com alunos do 9º ano do Colégio Nossa Senhora da Conceição. Na quarta-feira (24), visitaram pela manhã os alunos do 8º e 9º ano do Colégio Dom Bosco, e a tarde, o 8º ano do Colégio Nossa Senhora da Conceição. Na quinta-feira (25), foi a vez dos alunos da Escola Municipal Dr. Antonio Batista Santiago que foram acompanhados das Professoras Helena e Irene; e encerrando, na segunda-feira (29), foi a vez dos alunos do 4º e 5º ano da Escola Estadual João Fagundes de Oliveira que foram acompanhados das Professoras Amélia Cristina, Marineide Silva e Maria José de Araújo.
"O patrimônio cultural é a referência para o desenvolvimento das atividades museológicas e sua preservação é extremamente importante, pois assim podemos estabelecer uma ponte entre o passado e o presente. Se ao visitar um museu, o indivíduo tentar estabelecer relações entre o acervo e sua própria época, começará a perceber que muita coisa vai ganhar sentido. Afinal, o que se construiu ontem reflete no hoje. O ser humano necessita saber sua origem, o porquê das coisas. Através dela é possível que o indivíduo tenha maior interação com a realidade em que vive e que seja capaz de interpretá-la; o que faz com que exerça seu papel de cidadão na sociedade. Sendo assim, a necessidade de conscientizar a população, despertando o sentimento de pertencimento, e construindo assim uma ligação afetiva que tem como finalidade estabelecer através de uma ação educacional, o interesse de cuidar e preservar esses bens, os quais são essenciais para evitarmos a alienação histórica, a falta de memória e de identidade cultural. Nesse sentindo as escolas tem papel fundamental como agentes desse processo. E o Memorial Itabaianense surgiu justamente com esse propósito de levar conhecimento sobre a histórica local e fazer com que as novas gerações tenham consciência da relevância histórica da sua cidade." Disse a professora e historiadora, Cinthia Cecilia, que acompanhou seus alunos do Colégio Senhora da Conceição e do Colégio Dom Bosco nas visitas.
terça-feira, 9 de maio de 2017
Alunos do Colégio Dom Bosco visitam o Memorial Itabaianense
Na tarde da última quinta-feira (04), alunos do 3º ano do ensino médio
do Colégio Dom Bosco de Itabaiana, visitaram o Memorial Itabaianense.
Acompanhados do Professor João Batista, os alunos conheceram um pouco da
história da cidade através de fotografias e do acervo disponível no memorial. O
Professor João Batista parabenizou a Associação Cultural Memória Viva pela
iniciativa e disse que essa foi a primeira de muitas de suas turmas que ainda
irão visitar o local.
domingo, 7 de maio de 2017
ITABAIANA DOS MEUS TEMPOS DE MENINO E DE RAPAZ II
Melchíades Montenegro em 1923
A cidade tinha dois jornais: “O Município” de propriedade da
prefeitura mas que não travava de política e “O Correio” de João de Lima. “O
Município” teve diversos diretores. Lembro-me do erudito Carneiro Monteiro, do
saudoso Jurema Filho, de José Jurema. Posteriormente, já na influência do dr.
Odilon Maroja, teve como diretor o dr. Henrique Figuerêdo. Era noticioso,
literário e conservador. Batista Lins, que fazia a parte social, quando queria
o terno de casimira bem passado a ferro, publicava a notícia do aniversário de
Zé Pernambuco. “O Correio” debatia assuntos econômicos e financeiros, fazia
crítica sobre teses políticas. Era liberal. Sua parte literária resumia-se na
publicação dos sonetos de Osório Muniz, precursor esquecido da poesia
futurista:
“A tarde quando o sol vai aquecendo
Os seus raios deslumbrantes e
abrasadores,
Eu sinto a desdita fatal do amor
E as borboletas com seus abanos.”
Zuza Ferreira, alfaiate e poeta, cultivava o gênero clássico.
Uma vez dedicou um soneto a certo bacharel solteiro que estava passando uma
temporada em Itabaiana. Tinha o título: O Celibatário. Quase há um desgosto,
porque o doutor entendeu a princípio, que celibatário era nome feio, que tinha
sido insultado, gratuitamente. Itabaiana teve também os seus oradores, especialistas
em brindes de aniversário, batizados e casamentos. Manoel Tanoeiro – “a moça
mais véia da mesa é a estrela darva”. Nunca houve uma moça que quisesse aceitar
o título sideral. O Mergulhador, apelido de um antigo escafandrista – “sinto
que tou subindo três paaarmos de chão acima. Eu espiava e não via o prodígio da
levitação. Os doidos de Itabaiana eram diferentes dos outros. Nem obscenos nem
perigosos. Apenas cômicos e engraçados, eram disputados nas rodas de calçadas.
Joquinha fazia a cara do Cons. Afonso Pena, muito mais parecida com a do
Presidente Eurico Dutra e repetia uma acusação do promotor público, dr. Paiva,
em um júri celebre da cidade. Chico de João Lucindo, um “hercules quasimodo”
que pegava dez arroubas na cabeça, tato ou quase como mudo, como Joquinha,
recitava um sermão do frei Gaudioso que ele ouvira numas Santas Missões, no
interior do Bacamarte. Guedes com a ideia de apostolado, pregava princípios de
moral teológica e distribuía, entre as crianças que sempre tinha ao pé de si,
as esmolas que lhe davam espontaneamente. “Sinhá” Joaninha, fanhosa, pequena e
corcunda, só perdia o juízo quando a chamavam de “Macaca ôca”. Recordo os
boêmios e seresteiros de Itabaiana, Antonio Afonso, João Cézar, Zero Maciel,
Toinho do Piston. As serenatas, o violão de João Pulcherio, o saxofone mágico
de Severino Rangel (Ratinho). Por falar em música, não posso esquecer o piano
obtuso de d. Dondon Prazim. Recordo ainda as anedotas impagáveis de Nestor
Lucena, de matar de rir e livre de censura. As histórias hilariantes de Eugenio
Carneiro e Batista Lins; as piadas notáveis do major Joca Paulo; a “gentileza”
com que “seu” Palú, campeão invicto de gamão, despachava a freguesia; o
testamento de Judas, primeiro trabalho jurídico de Laudelino Cordeiro; as
besteiras de “seu” Sila. As cocadas moles de Luzia, os roletes de d. Catarina.
Os banhos de rio, pulando da “pedra grande” da cadeia velha, no meio da fina
flor da molecagem, na certeza de levar uma surra quando chegasse em casa e não
ir à noite ao cinema de Chico Sóter. Por falar nesse homem, sinto que Itabaiana
já não tenha dado um testemunho de sua gratidão ao mais esforçado e heroico dos
obreiros do seu progresso material. Chico Sóter chegou ali numa cadeira. Quase
morto. Reviveu. Acostumou-se com a moléstia, ou melhor, dominou-a, casou-se
numa das famílias mais distintas da terra. Foi um revolucionário, no sentido
construtivo do termo. Ninguém foi mais ativo e trabalhador do que ele.
Itabaiana tem a honra de ser a primeira cidade nordestina que primeiro usou a luz
elétrica. Teve cinema ao mesmo tempo que o Recife. Mecânico admirável e
inventivo genial, Chico Sóter fez de Itabaiana uma cidade americana. Parece que
eu o estou vendo – pequeno, magro, barba de três dias, cabelos sobre a testa,
saindo por baixo do chapéu do Chile, inquieto, operoso, formidável. Francisco
Sóter é uma das impressões mais fortes do meu tempo de menino e de rapaz.
Melchíades
Montenegro, Recife, 27 de agosto de 1948.
Fonte: Áurea Montenegro - Engenho Jurema
Fonte: Áurea Montenegro - Engenho Jurema
sábado, 29 de abril de 2017
ITABAIANA DOS MEUS TEMPOS DE MENINO E DE RAPAZ
Melchíades Montenegro em 1923
O destaque excepcional que Itabaiana
conquistou, de subito, com a visita da muito nobre e culta senhora duquesa de
la Rochefoucauld, fato maravilhoso só possível por artes de berlinques e
berloques desse Assis Chateaubriand, Mefistófeles autêntico que não deixa uma
alma sossegada desde o velho Egito e toda a Europa Ocidental até os quatros
extremos do Novo Continente, fez com que eu me decidisse a realizar um desejo
amadurecido - escrever uma série de crônicas ligeiras sobre a inesquecível
Itabaiana das minhas recordações de menino e das minhas saudades de
adolescente. Nascido no município dos Palmares, fui para lá com dois anos de
idade. Ali chorei de medo e revolta contra a primeira carta do ABC; fiz a minha
primeira comunhão; vesti a primeira calça comprida e tive a minha primeira
namorada, aliás, a menina mais bonita da cidade. Ali descansei as cinzas, para
mim, sagradas dos meus queridos pais, de minha avó paterna e do meu tio e
padrinho Francisco Montenegro. Formado em Direito voltei a Itabaiana e entrei
"no rol dos homens sérios". Decerto estava escrito que era ali que eu
teria de encontrar a outra, a melhor metade da minha vida, a dedicada e heroína
companheira de minhas vicissitudes. Tenho voltado lá, de visita aos parentes
afins. São romarias penosas que magoam o coração, porque fazem que eu sinta
cada vez mais distante, mais irreal, assim como um sonho feliz, aquela
Itabaiana que o Dr. Flávio Ribeiro Coutinho dizia ser a segunda cidade do
Brasil, depois do Rio de Janeiro. De fato, Itabaiana naquele tempo era o melhor
lugar do mundo, um paraíso com muitas Evas e Adãos. Vivia-se suave, alegre e
inocentemente, como se Deus já houvesse julgado a gente e decidido que
merecíamos o gozo, as delícias de uma bem aventurança perene. Mas nem sempre
fora assim. O milagre era devido a dois homens: o cônego Tranquilino, no
domínio espiritual e o Des. Heráclito Cavalcanti, na esfera política. Itabaiana
sentiu e viveu a Democracia. O governo municipal era uma penitencia, uma
devoção propiciatória, um sacrifício cívico. O prefeito não era o homem que
podia fazer o bem e o mal, proteger ou perseguir. Seu dever era ser bom. E
ninguém se afastava desta linha. Nada recebia do erário, antes pagava do seu
próprio bolso as despesas com o aformoseamento ininterrupto da cidade. O
orçamento era de vinte contos anuais, mas em todo 24 de maio devia ser
inaugurado um novo serviço público importante. As ruas pareciam salas de
visita, pelo seu asseio; o serviço de limpeza e higiene tornou Itabaiana a
cidade sanatório ou a Petrópolis agreste e tépida dos que buscavam cura ou
repouso restaurador. Havia os que iam simplesmente por prazer, para desfrutar o
éden itabaianense. O general Aguiar, arrastando os filhos já casados Paulo e
Orlando. O general Leitão, com a casa cheia de moças e rapazes. O cel. José
Borba, Lulú de Maré, Daniel de Sirigi, Cezinha de Bujari, o cel. João de Moura,
pai do saudoso Dr. Moura. Zé Cesar de Santa Tereza, o Barão de Suassuna,
Valfredo Pessoa, o cel. José Garcia, Dr. Miguel Araújo, os drs. Loureiro, pai e
filho, toda essa nobre gente então higida e forte, procurava Itabaiana, pagava
uma fortuna por três meses de uma casa ou ficava no hotel de D. Sinhá ou no de
D. Chiquinha, sentindo-se tão bem como se estivesse na melhor hospedaria. Não
eram apenas o clima e o passadio a atração de Itabaiana. Era também a sua
sociedade. A distinção da família Itabaianense, a hospitalidade de seus lares,
a euforia de sua gente, a elegância de maneiras, o bom gosto no trajar, a
simplicidade e compostura dos seus maiores, o policiamento e a brandura de suas
autoridades. Até os quinze anos eu pensava que ninguém queria ser prefeito de
uma cidade, que não havia nenhuma vantagem nisso. Naquela época houve muitos em
Itabaiana, porque quem não fosse rico de verdade não aguentava mais que um ano,
sob pena de ficar de tanga e chapéu de jornal. O cargo era de nomeação. A cadeia
pública passava temporadas fechada, como no tempo de Jano. A não serem
"Formigão" que quando tomava um pileque danado, bancava o demagogo
comunista de hoje fazendo comícios contra o vigário, as autoridades e o cel.
Néneu, representante do capitalismo porque dava dinheiro a juros ou
"Lamparina" que quando a bebedeira saia da regra, dava para morder
que nem cachorro doido, ninguém incomodava o destacamento de três soldados
velhos e um sargento quase inválido. Tivemos um delegado, Massa, irmão do
horando senador de mesmo nome, que soltava imediatamente, relaxava a prisão,
quando o acusado jurava "por Deus nosso Senhor" como não tinha feito
nada. De uma feita correu um cachorro doente que só pôde ser morto a pedradas,
porque ninguém possuía uma arma de fogo. Ninguém receava do outro. Ninguém
tinha inimigos. Era assim a Itabaiana dos meus tempos de menino e de rapaz.
Fonte: Áurea Montenegro - Engenho Jurema
segunda-feira, 6 de março de 2017
Adeus à mestra Dona Nini
“Foi assim minha vida. Cumpri meu dever, graças a Deus; por amor a Ele, por amor ao Brasil, por amor a Itabaiana e por amor à minha terrinha que ficou lá.” Assim encerrou, a professora Severina Paes de Araújo “Dona Nini”, falecida nesta data, a entrevista concedida à Associação Cultural Memória Viva, em 05.08.2010.
Sim. Dona Nini desempenhou o magistério de forma impecável. Íntegra,
inteligente e capaz lecionou, muito bem fundamentada, várias disciplinas. E por
isso estão hoje os seus ex-alunos, unanimemente, tecendo elogios póstumos àquela
que foi, num tempo de respeito e obediência ao mestre, um forte alicerce em seus aprendizados.
Dona Nini começou sua carreira em Itabaiana – Paraíba, no Colégio
Padre Ibiapina. A seguir, foi professora e diretora no Grupo Escolar Professor
Maciel, professora de Desenho, Geografia, Psicologia e Fundamentos da Educação
no Colégio Nossa Senhora da Conceição, Geografia e Desenho no Colégio Dom
Bosco, professora e diretora do Colégio São José, e encerrou sua vida profissional
no Colégio Estadual Antonio Santiago,
onde foi docente e ocupou os cargos de vice-diretora e diretora.
quinta-feira, 2 de março de 2017
Datas
![]() |
Manoel Germano de Araújo |
Há 122 anos.
02.03.1895 - Promulgada a Lei 27, de 02.03.1895, que criava os cargos de prefeito e subprefeito na cidade de Itabaiana(PB). Foram escolhidos Manoel Germano de Araújo e Antonio Felipe dos Santos como prefeito e subprefeito, respectivamente.
Anteriormente o município era governado por um Conselho Municipal com poder executivo. Com a Lei 27 os conselhos foram conservados, porém todos os seus atos, leis ou resoluções eram submetidos à assinatura do prefeito.
O sr. Manoel Germano de Araújo, conhecido como "Neco Germano" foi, então, o primeiro prefeito da cidade.
Fonte de referência; Sabiniano Maia. Itabaiana. Sua História-Suas Memórias. 1500-1975. A União. 1975.
quarta-feira, 1 de março de 2017
Memórias do Carnaval Itabaianense XII
Itabaiana Clube, 1977, Bloco Damas de Copa. Em pé: Valdizia, Rosinete Malta, Lourdinha de Biu Estevão, Eliana, Maria Batista, Bernadete Almeida, Ceiça Batista e Ana de Lourdes. Sentadas: Eliane Almeida, Vânia Fonseca, Rosângela Malta, Loura Oliveira, Sônia Oliveira e Vânia Almeida
Bloco As Havaianas no Itabaiana Clube, Eliane, Gina Aguiar, Rosângela Fonseca, Norma Borba e Vânia Fonseca. Foto cedida por Berta Melo.
No Itabaiana Clube, Margareth Bandeira e Bernadete Rocha.
As foliãs, Gustinha, Nair Ramos, Luizinha Duré e Dulce (esposa de Nezinho Almeida).
Carnaval 1974 no Bar de Adonias, em pé: Dr Severino, Luiz Dentão, Anselmo, Zé Borracha, Iomar Moreira, Luiz Tavares e Adonias. Sentados: Zito Coletor, Saturnino, Rui Almeida e Geraldo Lucena.
Valdemir Almeida e Farias.
Colaboração: Walter Fonseca, Valdizia, Sonia Oliveira e Zelda Lira.
domingo, 26 de fevereiro de 2017
Domingo de Carnaval. Itabaiana antiga.
Boa recordação guardo desse dia, já fiz comentários sobre o
carnaval de rua, dos desfiles dos blocos e escolas de samba e do corso, agora
vou rememorar o glamour dos bailes carnavalescos do inesquecível Itabaiana
Clube.
Já no sábado, era promovida a abertura dos bailes
carnavalescos do período que se estenderia até a terça-feira.
Entre os quatros dias dois merecem destaques, o domingo
porque todo glamour se concentrava nesse dia, e a terça-feira por ser a
despedida do carnaval. O domingo era o auge do glamour, desfiles e concursos de
fantasias eram realizados, as dependências do clube tornava-se pequena para
comportar a quantidade de foliões da cidade e de visitantes.
Na área externa do Itabaiana Clube a concentração de pessoas
( sereno) era enorme para assistir e aplaudir a entrada dos grupos fantasiados.
As janelas do clube que sempre chamei de camarotes públicos eram
disputadíssimas, logo cedo da noite muita gente já nelas se fixavam para ter
visão privilegiada do interior do clube.
As fantasias a serem apresentadas era como se chama “segredo
de estado”, ninguém tomava conhecimento somente o grupo e a costureira tinha
que se comprometer em guardar segredo absoluto.
Os grupos tinham varias formações, masculinos, femininos,
mistos e de casados, e julgados de forma segregada. Emocionava a euforia e os aplausos do publico externo e
interno quando da chegada dos blocos. A concentração se realizava na parte externa, o bloco
entrava compacto e completo, fazendo evoluções de acordo com a fantasia
apresentada, circulando pelo salão que para esse momento era esvaziado para as
evoluções.Era eloquente os aplausos do publico externo quando da entrada dos
blocos.
O destaque da terça feira é porque o final dos festejos
carnavalesco era com o sol raiando, a orquestra descendo do palco, saindo do
clube e tomando a rua e os foliões atrás frevando e cantando a eterna marchinha
da quarta feira ingrata.
Vale relembrar, também, as belas ornamentações do clube, as
chuvas de confetes e entrelace de serpentinas no salão e, o perfume das lanças
perfumes que o cavalheiros banhavam as damas, bem como não posso deixar de citar
as leves aspirações ou porre dessa lanças nos lencinhos dobrados.
E finalizando, o desgaste dava fome e nada melhor para
aliviar do que os cachorros quentes de Zezinho, os bolinhos e doces de D.
Erotildes, as guloseimas de D. Madalena e muitos outros que se estabeleciam em
frente ao Clube para nos atender.
Guardo com muita emoção essas recordações .
Termino dizendo aos jovens o quanto é válido recordar o
passado.
Orlando Araujo.
Orlando Araújo, artista plástico itabaianense.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2017
Datas
Datas
07.02.1938 - Há 79 anos tomava posse como prefeita de Itabaiana a srta. Rinaura Dantas Bandeira, em substituição ao prefeito Dr. Durval de Almeida nos dias 07 e 08 de fevereiro. Governou ainda de 01 a 23 de agosto de 1940, substituindo o prefeito Antonio Batista Santiago. Rinaura era secretária da Prefeitura e foi a primeira mulher a governar Itabaiana.
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Fotografia de JBandeira. |
sábado, 4 de fevereiro de 2017
Memorial Itabaianense - Horário de Funcionamento
terça-feira, 31 de janeiro de 2017
Edital de convocação
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
A ASSOCIAÇÃO CULTURAL MEMÓRIA
VIVA através de sua presidente Margaret
Ligia Santiago Bandeira e de acordo com o Capítulo VI, art. 25º e Capítulo IX,
art. 42º do seu Estatuto, convoca seu
Conselho Diretor, Conselho Fiscal, sócios fundadores, demais associados e a
sociedade em geral para uma Assembleia Geral Ordinária que será realizada no
dia 10 de fevereiro de 2017, às 20 h., na sua sede situada na Rua Antonio
Ananias, s/n – Centro, quando estará em pauta a eleição da sua nova diretoria.
Itabaiana(PB), 31 de janeiro de
2017
quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
Memorial Itabaianense recebe visitas ilustres
A Associação Cultural Memória Viva - Memorial Itabaianense recebeu, na última semana, a honrosa visita do poeta, compositor, contador de causos, declamador e arquiteto Jessier Quirino.
Muito admirado em Itabaiana, onde reside, e em todo o Brasil, o poeta foi conhecer o acervo cultural, histórico e artístico do Memorial e brindou os presentes com a contação de algumas de suas hilariantes histórias.
Não menos honrosa foi a visita da pedagoga Neide Silveira, atual Secretária de Educação do município de Itabaiana. A professora Neide vem ocupando cargos relevantes na área de educação.
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