sábado, 25 de maio de 2013

Itabaiana, 122 anos de emancipação política



Itabaiana nos anos 20 do século XX


Texto do livro Itabaiana, Sua História, Suas Memórias. 1500 - 1975, de Sabiniano Maia, sobre a emancipação da cidade.

"Formado o povoado, criada a vila, instituído o município, instalada a comarca, tivemos a cidade.
Venâncio Neiva, o nosso primeiro governador, na era republicana, que já nos havia dado a independência municipal e nos tornado cabeça de comarca, concedia-nos agora os foros de cidadania.
 Devemos por isto homenagear o homem que nos fez município,  comarca e cidade, tornando Itabaiana, núcleo independente na vida político-administrativa do Estado.
Não é demais que lhe ergamos uma estátua, em ponto condizente da cidade, de modo a que, no bronze, se perpetue visualmente aos itabaianenses.
 O Decreto que nos conferiu a cidadania tem o seguinte teor:

'Decreto n° 63.

Venâncio Neiva, Governador do Estado da Parahyba,

Decreta:

Artigo único. Fica elevada a cathegoria de cidade a villa de Itabayanna com a denominação de cidade de Itabayanna; revogam-se as disposições em contrário.

                                                  Palácio do Governo do Estado da Parahyba, em 26 de maio de 1891 – 3º             da  República dos Estados Unidos do Brasil.

                                               Venâncio Neiva'"


sexta-feira, 24 de maio de 2013

Batalha do Riacho das Pedras. 189 anos

Itabaiana e a Confederação do Equador. A Batalha do Riacho das Pedras.


Praça 24 de Maio (ao lado corre o Riacho das Pedras). Desenho em
 grafite do itabaianense Orlando Araújo.



O envolvimento da Paraíba no movimento revolucionário entre separatistas e republicanos, em 1824, resultou na Batalha do Riacho das Pedras em Itabaiana, na Paraíba, que a cidade comemora no dia 24 de maio .

Dom Pedro I, insatisfeito com a junta que governava Pernambuco através do seu presidente Manoel de Carvalho, nomeou Francisco Paes Barreto e dissolveu a assembléia constituinte em novembro de 1823.
Com a dissolução da assembléia os deputados retornaram às suas províncias, a Paraíba representada por Joaquim Manoel Carneiro da Cunha, José da Cruz Gouveia e Augusto Xavier de Carvalho e uma agitação, iniciada em Pernambuco, se espalhou pelo Rio Grande do Norte e Paraíba.

Junto a esses revoltosos, ansiosos por implantar uma a república confederativa, estavam Frei Caneca e Felix Antonio Ferreira de Albuquerque, expoentes desse movimento que denominaram de Confederação do Equador.

Na Paraíba destacaram-se as cidades de Itabaiana, Pilar, São Miguel, Vila Nova da Rainha e Vila Real do Brejo de Areia, envolvidas ativamente.

Os atos absolutistas do Imperador, e as nomeações para Presidentes das Províncias de Pernambuco e da Paraíba, respectivamente, Francisco Paes Barreto e Felipe Neri foram repudiados pelos republicanos.
A situação foi se agravando e Félix Antonio partiu com sua tropa de Areia para Itabaiana ao encontro de reforços que viriam de Pernambuco, enquanto que o governo da Paraíba enviou forças sob o comando do Coronel Estevam José Carneiro da Cunha para conter os revolucionários.

Foi então que, em 24 de maio de 1824,  tropas e cidadãos separatistas e republicanos se encontraram no Riacho das Pedras, tendo sido deflagrada a que é considerada “uma das maiores batalhas travadas em solo paraibano e talvez a mais importante da Confederação do Equador”.






segunda-feira, 20 de maio de 2013

Rio Paraíba. Poema de Antonio Costta






As retiradas mecanizadas de grandes quantidades de areia do Rio Paraíba em Itabaiana, causam sentimentos de indignação, tristeza, revolta e descrença nos poderes públicos. O poeta Antonio Costta traduz muito bem esses sentimentos em seu poema "Rio Paraíba" :

Rio Paraíba                                  

Rio Paraíba
sangrado
saqueado
estuprado.

Rio Paraíba
desmatado
cercado
e esbarrado.

Rio Paraíba
invadido
extraído
poluído.

Rio Paraíba
controlado
minguado
privatizado.

Rio Paraíba
que saudade
da liberdade...
da integridade!

Rio Paraíba
berço da vida
água bebida...
que saudade!

Antonio Costta