segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Fotografia e Memória XII. Registros de posses.

                 Eleito nas eleições para prefeito municipal de Itabaiana em 1963, com 2.245 votos, Hugo Saraiva concorreu com Severino Duré, candidato da Uniao Democrática Nacional-UDN, que obteve 1.605 votos. Vítima do golpe militar, governou o município até 1965. Na fotografia cedida gentilmente por Renato Almeida, Hugo Saraiva assina o termo de posse sob os olhares atentos dos correligionários José Nunes Machado e Arnaud Costa.(Foto Wilson).

Discurso de posse do Prefeito Josué Dias de Oliveira. Ainda Edmilson Batista do Nascimento, Mário Silveira e Luiz Gonçalves, Prefeito de Mogeiro. O Prefeito e seu Vice Cândido Inocêncio de Gouveia Neto foram eleitos, pelo MDB, com 3.093 votos. O Dr.Josué governou de 1969 a 1973. 

Assinatura do termo de posse pelo Prefeito Antonio Batista Santiago, às vistas dos vereadores  Fernando Cabral de Melo e Abgail Maria de Araújo. Dr. Santiago  governou de 12.02.1938 a 12.08.1940 e, em seu segundo mandato, pela legenda ARENA I, de janeiro/1973 a outubro/1976, quando afastou-se por motivo de doença. (Foto Wilson)


O vice-prefeito José Bandeira Júnior foi empossado como Prefeito em substituição ao  Dr.Antonio Batista Santiago. Presenciando a assinatura do termo de posse, o Secretário da Prefeitura Elias Martins de Andrade, o vereador Vital Rodrigues de Melo e o sr. José Tavares da Costa (Zuquinha). Zequinha Bandeira governou de 01.11.1976 a 31.01.1977. (Foto Wilson)

Posse do Dr. Aglair da Silva, eleito pela ARENA I, para o período de 31.01.1977 a 21.01.1983. Dr.Aglair    teve como vice-prefeito, em sua chapa, o Sr. Fernando Cabral de Melo.(Foto Wilson)

Edilson Silva de Andrade assina o termo de posse de Prefeito Interino em 08.03.1983, por impedimento de Dona Eurídice Moreira da Silva, eleita nas eleições de novembro de 1982. Edilson governou até o início de 1984, quando foi substituído pelo Sr. Fernando Cabral de Melo escolhido pelo povo em eleição suplementar.



O trem de Itabaiana é minha história




Essa matéria bateu forte em mim. Nesse trem eu tenho muita historia , eis porque!

Sou filho biológico de Manoel Pereira de Araujo, que foi chefe da estação de Itabaiana por dois períodos. Nasci na casa da estação, ( hoje um hotel), passei minha infância correndo na plataforma da estação, aprendi até telegrafia, a internet da época..

Quando garoto vendi aos passageiros, pirulito, cocada e água de quartinha, não a esse trem, porque partia muito cedo e chegava muito tarde, mas aos outros que faziam baldeação na estação de Itabaiana com destino a Fortaleza, Natal, João Pessoa e Recife.

No trem referenciado viajei muito, porque quando meu pai foi transferido fiquei morando em Itabaiana, na minha inesquecível “Boca da Mata”, mas quando em período de férias ia e voltava para casa do meu pai , nele. Todo seu trajeto até hoje recordo inteiro e complemento o restante das estações até o Recife , após Carpina, seguia: “Paudalho, São Severino dos Ramos, Piracirica, Tiuma, São Lourenço da Mata, Camaragibe, Coqueiral, Tigipió, Edgar Werneck, Ipiranga e finalmente Recife.

Quando deixei Itabaiana para estudar aqui em Recife, esse trem e os demais foram minhas argolas de sustentação para aos pouco ir me adaptando e aceitando o fato de ter que deixar Itabaiana, usei-os até suas ultimas viagens, porque como filho de ferroviário tinha passe livre para viajar.
Que saudade.

Orlando Araujo.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Lá vem a saudade descendo a ladeira







Esta foto do compadre George Mendonça, (revelação de fotógrafo sensível), mostra a ladeira da antiga União dos Artistas e Operários de Itabaiana. Esta crônica vai para meu compadre Joacir Avelino, companheiro dos velhos tempos na terra que viu nascer Antonio Maia Neto, o poeta das caibreiras, desses poetas que sabem os segredos da beleza artística das palavras e das coisas simples de sua aldeia.

Recordar as vezes em que subimos a ladeira da União para beber com o maquinista Bertoldo, apologista da poesia popular, no Bar do Berto. Subindo a ladeira para beber na bodega de Arnaldo maquinista, pai de Ronaldo Morelle. Galgando os paralelepípedos íngremes da ladeira para farrar e dançar forró na Sociedade Beneficente dos Trabalhadores, sob a batuta de Nicó e Prezado. No pé da ladeira, a sede da União dos Artistas e seus bailes de carnaval famosos, suas reuniões literárias sob o comando do elegante Daciano Alves de Lima, cunhado do poeta Zé da Luz, ao som da Banda 1º de Maio. Foi ali onde Zé da Luz declamou seus versos pela primeira vez em público, Sivuca tocou seu acordeon nos forrós de São João e Ratinho emocionou os itabaianenses nas décadas de 30/40 com seu saxofone mágico, ao indagar melodiosamente: “Saxofone, por que choras?”.

Descendo a ladeira com o bloco “Nó Cego” comandando pelo Dr. Dedé e Machinho, o folião mais enfezado deste mundo carnavalesco. Descendo a ladeira para ensaiar a peça “Hoje a banda não sai” no palco da União, onde Joacir fazia o papel de um músico bêbado, sendo que o ator sempre estava realisticamente e irresponsavelmente bêbado. Mover de cima para baixo o bloco dos atores do Grupo Experimental de Itabaiana, com Fábio Mozart no papel de Lampião, Sanderli vestido de beato, Joacir trajado de Satanás, Geraldo Caranguejo metido numa batina de padre safado e Biu Penca Preta fazendo o papel dele mesmo, carregando um saco de tira-gosto de galinha assada no forno de Maciel e roubada do quintal do Sargento Avelino, pai de Joacir. De contra-peso, Pedro Lourenço manejando os bonecos do babau de Chico do Doce. 

Ladeira da União, quantas recordações! Após suspiros e pasmações de saudade, a raiva por saber que nossa ladeira da União fechou suas portas mais tradicionais. Deixaram morrer a União. O bar de Berto não existe mais, tampouco a bodega de Arnaldo. Os salões dos recitais e palestras literárias estão em ruína. No fim da ladeira, a Sociedade dos Trabalhadores virou igreja “pegue pague”.

Meu compadre Joacir, a única notícia boa que tenho é que vai assumir um novo prefeito, itabaianense da gema, prometendo reerguer a União e transformar seus salões em museu da cidade, sob a responsabilidade da Associação Memória Viva. Amém!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Parabéns, dona Iraci


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012


Mãe e pai com os filhos Lavoisier, Sósthenes e Fábio


A senhora minha mãe, dona Iraci, faz aniversário hoje.

Lavoisier guarda respeito e reverência.

Arnaud Filho vai buscar do fundo do baú da timidez uma palavra
 de cortesia.

Sósthenes pede vênia e manda bater continência.

Vasti envia os protestos de admiração e estima.

E eu, um dos seus filhos, rendo minha homenagem de gratidão,
o mais justo dos sentimentos morais, em reconhecimento à nossa
 mãe, bendizendo os fados por ter vindo ao mundo sob sua chancela
 e ter sido educado à luz de sua fidalguia e caráter.




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domingo, 23 de dezembro de 2012

Antigos Cartões de Natal.




No tempo dos Cartões de Natal  tradicionais, os malotes do Correio ficavam lotados. Eram inúmeros cartões com mensagens carinhosas de Feliz Natal e Próspero Ano Novo que cruzavam o país e continentes. Com o surgimento da internet eles se transformaram em eletrônicos, que não têm a mesma graça, nem causam aquela gostosa alegria da espera e da surpresa.

Os cartões das fotos tiveram a arte do fotógrafo Wilson Dantas, do Foto Wilson. Circularam, a maior parte, dentro de Itabaiana. 

O de 1961 foi distribuído pelo simpático Saturnino Cavalcanti de Souza, proprietário da Casa Santo Antonio, que comercializava artigos para presentes e de armarinho, discos, roupas íntimas e produtos de toucador.

Dez anos depois, o popular Severino Ramos da Silva, o "Galego", brindou  seus amigos e clientes com   cartão do mesmo estilo, em que a belíssima Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Itabaiana era o foco principal.

Assim, com cartão meio retrô, meio eletrônico, a Associação Cultural Memória Viva deseja aos itabaianenses e amigos, um Feliz Natal e um Ano Novo de muito amor, saúde e paz.