Antes Que Se Vão

Antes que se vão e nos deixem sem lembranças da arquitetura e do estilo singelos, por vezes rebuscados, dos séculos IX e XX, divulgamos  fotos de casas e monumentos de Itabaiana,  que teimam em estarem vivas.

Antes que se vão, seja pelo descaso do homem, seja pelo desgaste do tempo, seja pela modernidade que se impõe.

Mesmo que não tenham abrigado importantes personagens, são obras que nos dão prazer à alma em contemplá-las, casas cujas paredes ainda nos contam a história dos que ali viveram e da memória paisagística de nossa cidade. 


Sobrado do início do século XX localizado na Praça Manoel Joaquim de Araújo. Foi habitado, em suas primeiras décadas, pelo casal Lucindo
de Moura Carneiro e Mocinha Dantas Carneiro que deixaram por herança para a prima e filha adotiva Rinaura Dantas Bandeira Vieira de Melo. Em seguida foi adquirido por Rivaldo Dantas Bandeira e hoje pertence à sua neta Jacqueline Bandeira.

                                            



            Linda casa residencial , marco do estilo dos anos 60 do século XX.  Foi construída por seu proprietário José Tavares da Costa (Zuquinha).




                  Esta casa está situada na Fazenda Onça, local conhecido como "Lagoa do Aruá". Construída  por João da Costa Pessoa (Coronel João Nunes), hoje é administrada por suas filhas Marta e Helena Pessoa



Casas residenciais construídas com o curtume da antiga Praça da Indústria, no início do século XX, à época  empresa de propriedade de Firmino Rodrigues de Souza (Firmino Cotinha) e do português Serafim Afonso Braga. Tempos depois denominou-se "Curtume Santo Antonio", da família Veloso Borges. O prédio do curtume, Capelinha de Santo Antonio e outros construções desmoronaram lentamente, hoje existindo apenas o terreno. 


 Linda  mansão dos Veloso Borges, parte da mesma história da foto anterior.

                   


Esta bela casa pertence a Dona Zequinha Aguiar, viúva do Sr. Almir da Silva Fonseca. Única no modelo,  mescla linhas dos estilos bauhaus art déco, provalmente construída nos anos de 1930. Anteriormente residiu nela, nos anos de 1940/1950, a família  do Deputado João Carneiro de Freitas, fundador da Casa dos Velhos.

Construção de fins do século XIX na Praça Epitácio Pessoa, onde morou a família de Affonso Gomez Santiago, pai de Elisabeth Santiago Bandeira, que vem conservando-a desde os anos de 1940. Hoje funciona o Cartório do Registro Civil, cujo notário é o seu neto André Giuliano Bandeira Polari. É de propriedade do Espólio de Affonso Gomez Santiago.

Esta casa está situada na Praça Venâncio Neiva (Praça do Mercado) e foi residência de Dr. Everaldo de Morais Pimentel, prefeito em 1965 e médico, e de Dona Carmelita Pimentel. Hoje é de propriedade de Dona Maria Eunice dos Santos, mãe de Pretinho do Restaurante.

Recanto bucólico no local hoje chamado de “Craibeiras”, antiga Fazenda Canto Alegre de propriedade de Severino Paulino de Lucena, que a deixou por herança a José Paulo de Lucena. A “Casa Grande” da foto hoje é habitada por filhos do Sr. José Paulo, popularmente chamado de “Zé de Palo”.

Linda casa do início do século XX. Contam que foi construída pelo Sr.Firmino Rodrigues de  Souza, antigo sócio do Curtume Santo Antônio,  para  presentear  uma filha no seu casamento. Nela residiram, pelos anos 1950, a família do Coletor Federal Gilberto Cavalcanti e de Dona Amarilis Cavalcanti e, nos anos 1980, o Dr. Reginaldo Antônio de Oliveira, então Juiz de Direito de Itabaiana. Hoje a casa pertence à Tabeliã Regina Coeli Rodrigues da Silva.

Prédio residencial situado na Praça Manoel Joaquim de Araújo. Pertenceu  ao  Sr. Minervino Bione, pai  de Carminha, Lourdinha,  Erundina, Pia, Dolores - talentosas professoras de artes manuais -, e de Antonio Bione. Por esta casa andou o poeta  Maia Neto, casado com Pia Bione. Hoje reside Nereide Milanês e seus irmãos.

Nesta casa nº 316, da Av. Pres.João Pessoa, residiu  durante muitos anos, até  o seu falecimento,  o Prefeito Antonio Batista Santiago.  O detalhe fotografado é o que existe da época; a outra parte foi remodelada e funciona um estabelecimento comercial. Hoje o imóvel é de propriedade de Dona Celeste Fonseca.

Rua 13 de Maio. Nestas três casas funcionou, durante anos,  o comércio de  Nevinha, conhecida como Nevinha Rica ou Madrinha Nevinha.  São imóveis de propriedade
de Dona Nina Correia, viúva do Dr. Aguinaldo de Medeiros Correia.

Na Rua 13 de maio está fincada esta casa do início do século XX, onde mora
Mocinha Petronilo. Foi adquirida, nos anos 50,  por seu pai Antonio Petronilo,
ao mecânico conhecido como Mané Fozinho.

Casa que pertenceu a Dona Maria Tavares, casada com Francisco Gomes da Costa, fundadores da Saboaria Itabaianense. Nessa residência morou, por muitos anos, seu sobrinho Padre João Gomes da Costa. Localizada na Praça Manoel Joaquim de Araújo, conhecida como Praça do Coreto, foi anteriormente denominada de  Rua da Conceição e Praça Marechal Deodoro.





Casa na Rua Prof. Maciel ou Viúva Francisco Gomes da Costa, residência de Maria das Dores de Melo Andrade (Dorinha) e de seus filhos Tarcísio, Assis e Gracyelle. Foi construída pelo agropecuarista Lino Gomes quando o local ainda era zona rural. Posteriormente foi vendida ao senhor Trajano Martins de Andrade, pai de Dorinha.



Casa situada na Avenida Pref. Antonio Batista Santiago, residência da professora Valdízia Correia. Nos anos 1950 residiram nela a família do senhor Barnabé dos Santos. A linda acácia completa a beleza do imóvel.


Sobrado na "subida da União", da família de Bartolomeu Silobilino de Medeiros (Seu Berto). A foto antiga é de 1929, onde vemos a srta. Sílvia Santiago, a menina Elisabeth Santiago Bandeira e amigas.


Monumento com imagem de N.S.da Conceição, erguido na conhecida Praça 24 de Maio, ou o que resta dela. Do caramanchão, pouca gente se lembra pois foi destruído há muito tempo. O que há são rotas lojas e barracas de lanche, e até prédio com dois pavimentos, doado graciosamente por um Prefeito. A destruição vem de muito tempo. A praça foi construída em 1928 pelo prefeito Pedro Muniz de Brito.



Capelinha de Santa Luzia em Campo Grande. Construída há 82 anos, é muito bem conservada
 pela comunidade campograndense.




Casa da família do Sr. Otaviano Mendes do Nascimento, em Campo Grande. Foi construída, nos anos 20/30 pelo Sr. José Quirino, cuja família foi precursora da localidade. Em 1949 o Sr. Otaviano adquiriu o imóvel rural onde estava edificada a casa e manteve a sua originalidade.




Residência de Dona Nair Ramos. A casa foi adquirida, nos anos 40, por seu sogro 
João Lucena Ramos (Joquinha Ramos).




Bangalô do ano de 1922 na Praça Epitácio Pessoa. De propriedade da família de Jair Pereira de Melo, foi adquirida em 1987 a Dona Edith e Genival Vieira da Rocha que, por sua vez, tornaram-se proprietários,  em 1964, por compra feita a Estelita Cavalcanti, viúva de Waldemar Bezerra Cavalcanti. Dizem ter sido esse imóvel construído por americanos ou ingleses que edificaram a ponte férrea de Guarita.



Café Cultural Mestre Sivuca. Foto Ligia Santiago
Antes que se vá, senão pela arquitetura, 
mas pelo espaço imaterial a que se destina: a cultura.



Foto: Ligia Santiago

Prédio comercial onde funcionou a loja de tecidos de José Oliveira da Silva (Cazuzinha) e o atelier de Dona Sans-Gêne Gonçalves da Silva. Dona Sans-Gêne, a primeira estilista de Itabaiana, criava, confeccionava e bordava vestidos longos e de noiva, buquês e arranjos.
                                                                         

                                                                                             Foto Ligia Santiago

Casa da família do Sr. Luiz Paulino da Silva, na Praça Epitácio Pessoa,
construída
 na década de 50 do século XX


Foto Ligia Santiago

Fachada do Estádio Severino Paulino, cujo terreno foi
doado ao União Sport Club pelo sr.Severino Paulino de Lucena.



Foto Ligia Santiago

Sobrado na Praça Epitácio Pessoa de propriedade de Inês Costa Rodrigues de Melo. Entre os anos de 1940 e 1950 morou o Dr.Odilon Maroja, proprietário na época.




Marco em homenagem à batalha do Riacho das Pedras, travada em Itabaiana em 1824 no movimento revolucionário da Confederação do Equador. O monumento foi presenteado à cidade pelo jornal "A Folha" em 1992.




Prédio da ECT inaugurado nos anos 30 do século XX. Em estilo art déco, fez parte de plano de padronização das edificações do então Departamento de Correios e Telégrafos - DCT.