domingo, 27 de julho de 2014

Fotografia e Memória XVI

                
 Tiro de Guerra 125 de Itabaiana-Paraíba em fins dos anos 30 do século passado. Funcionou na Praça Epitácio Pessoa. No registro as presenças do Sr. Nicácio Gouveia, Prefeito Antonio Santiago (mandato 1938 a 1940) e Gustinha Almeida Lucena, madrinha da instituição. Foto cedida por Gerusa Lucena Rocha.

domingo, 22 de junho de 2014

Eleita Nova Diretoria da Associação Cultural Memória Viva Itabaiana Paraíba para o biênio 2014/2016



A Associação Memória Viva, de Itabaiana, elegeu e empossou uma nova diretoria na noite desta quinta-feira (19), em assembleia realizada na sede da Secretaria Municipal de Cultura. A eleição foi por aclamação em chapa única, tendo como Presidente a psicóloga Margaret Ligia Santiago Bandeira, vice-presidente Luciano Marinho, Secretária Telma Lopes, tesoureiro Genilson Medeiros e o professor Francisco Amancio como diretor de patrimônio. O estudante Artur Nóbrega consta na diretoria eleita como Relações Públicas, além de Rose Luna, Renato Almeida e Geraldo Aguiar como membros do Conselho Fiscal.

No discurso de posse, a nova Presidente Margaret Bandeira disse que o objetivo em seu mandato, além de continuar o trabalho cultural de preservação da cultura e da memória da cidade e de organização de eventos culturais, é conseguir um prédio para o funcionamento da entidade. A Memória Viva é uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos, tendo como objetivos, entre outros: promover a identidade cultural do município, valorizando seus bens materiais e imateriais; produzir ações de resgate da memória histórica passada e preservação da história contemporânea; implementar programas que possibilitem o pleno exercício da cidadania política, econômica e cultural para o desenvolvimento da qualidade de vida da população. 

Artur Nóbrega - Diretor de Relações Públicas





sábado, 14 de junho de 2014

Edital de Convocação


                                                       EDITAL DE CONVOCAÇÃO





A ASSOCIAÇÃO CULTURAL MEMÓRIA VIVA,  de acordo com o Capítulo VI, art. 25º e Capítulo IX, art. 42º do seu Estatuto,  convoca seus diretores, membros do Conselho Fiscal, sócios e a sociedade em geral para sua Assembleia Geral Ordinária que será realizada no dia 19 de junho de 2014, às 20 h., na Rua Antonio Ananias (prédio onde funciona a Secretaria de Cultura), quando estará em pauta a eleição da nova diretoria para o biênio 2014/2016.

                                              Itabaiana(PB), 10 de junho de 2014


                                         

                                             Luciano Correia Marinho - Presidente

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Joaquim Inojosa e Itabaiana.





























No acervo da Memória Viva está catalogado o livro “Diário de um Estudante – 1920 – 1921” do jornalista, escritor e advogado Joaquim Inojosa, que nasceu em Pernambuco e morou em Itabaiana de 1918 a 1922. Foi  colaborador do jornal “A Notícia” e do jornal falado “A Palavra”, participando ativamente da vida cultural ao lado de Zuza Ferreira e Sabiniano Maia. O prefeito Manoel Joaquim de Araújo e o chefe político Flávio Ribeiro Coutinho foram seus amigos políticos.

O escritor reserva parte do seu livro, em forma de diário, para narrar acontecimentos  e costumes daquela época em Itabaiana, assim descrevendo uma noite de chuva na Rainha do Vale da Paraíba:

        “26 de março de 1920.
        Tem chovido muito.
        A Natureza prodigaliza bênçãos. Desesperados como estávamos pela
        inclemência atordoadora do sol, sentimo-nos rejuvenescidos ao remoçar
        espontâneo dos elementos.
        É uma festa contínua...
        Os trovões ribombam numa sarabanda ininterrupta de dança macabra...
        Os relâmpagos perpassam como centelhas de olhos divinos a espreitarem
        o mundo...
        O vento fustiga pelas janelas e telhados avisando ao povo da
        alegria que domina a Natureza...
        A água, despenhada em blocos, cai em gotas miriádicas e reúne-se
        à terra para, solidária, moleculada, seguir seu destino, a sua eterna metamorfose.
       As árvores calam-se,  soturnam-se, respondendo apenas ao perpassar
       de Éolo; e os passarinhos emudecem, aninham-se para adormecerem.
       Fecham-se as portas; adormece a cidade.”

Intelectual consagrado nacionalmente, Inojosa participou da Semana de Arte Moderna de 1922 ao lado de Mário e Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral e, em Recife, deu início às ideias modernistas, opondo-se ao regionalista Gilberto Freyre. Escreveu os livros “O Movimento Modernista em Pernambuco”, No Pomar Vizinho, Um Movimento Imaginário, Carro Alegórico e Pá de Cal, além de uma infinidade de matérias de jornais e revistas, relatos e cartas.


sábado, 24 de maio de 2014

Hoje 24 de Maio, 100 anos do coreto de Itabaiana.













Em 1914 Itabaiana recebe o seu Jardim e o seu Coreto, importado diretamente da Inglaterra, pela prefeitura. Ainda hoje, lá está a seguinte placa, encravada nas suas paredes de contorno:

"Na administração do Prefeito Cel. Manoel Pereira Borges. Começado em Novembro de 1913 - inaugurado 24 de maio de 1914."

Na base de uma de suas colunas de ferro acham-se gravados os seguintes dizeres:
"Pereira da Silva & Cia - 38 St Naay AT Hill - London E.C"

Festança de alto coturno, a maior, diziam os de lá, nas três primeiras décadas do século. Da capital chegaram em trem especial a Escola de Aprendizes de Marinheiro, famílias e autoridades. Descendo da composição férrea os Drs Rodrigues de Carvalho, José Américo de Almeida e Alfeu Domingos, representando o Presidente do Estado. 

Recebeu-os o "Comitê de Recepção": Nô borges, prefeito; Dr. Manoel Paiva, promotor; Padre Filete, o vigário; Dr José Jurema, advogado; Prof Maciel, do INSC; e Heráclito, o chefe político.

Na Praça houve a inauguração dos melhoramentos: jardim e coreto. Primeiro a missa campal, com o altar armado no coreto, seguindo-se plantio de árvore, discursos e recitativos. Presentes a banda de música, o povo e escolares, formando estes legiões: trezentos, quatrocentos, talvez. 

Deslocados todos a Rua Mons. Walfredo Leal, ali assistiram evoluções de ginásticas pelos aprendizes de marinheiros, comandados pelo capitão tenente Durval Guimarães.

Encerrando as solenidades da manhã, a Prefeitura banqueteou os convidados e autoridades, sendo nessa ocasião prestada homenagem a Francisco Resende de Melo, o ex-prefeito que plantou a primeira árvore em Itabaiana, no ano de 1905.

A tarde, no Conselho Municipal, falaram o dr. Barreto Campelo, advogado recifense, ali residindo temporariamente e o dr. José Américo de Almeida, então procurador Geral do Estado, que leu a conferência sobre "A Arvore".

A noite, na praça recém urbanizada travaram-se as batalhas de confeti e lança-perfume, acompanhadas pela retreta.

A tudo, a toda essa festança, assisti nos meu dez anos feitos, formando nas fileiras do Instituto N. S. do Carmo, garbosamente postado ao lado do coreto.

Sabiniano Maia, Itabaiana - Sua História - Suas Memórias - 1500 - 1976.

24 de maio de 2014. 190 anos da Batalha do Riacho das Pedras




O envolvimento da Paraíba no movimento revolucionário entre separatistas e republicanos, em 1824, resultou na Batalha do Riacho das Pedras em Itabaiana, na Paraíba, que a cidade comemora no dia 24 de maio.

Dom Pedro I, insatisfeito com a junta que governava Pernambuco através do seu presidente Manoel de Carvalho, nomeou Francisco Paes Barreto e dissolveu a assembléia constituinte em novembro de 1823.

Com a dissolução da assembléia os deputados retornaram às suas províncias, a Paraíba representada por Joaquim Manoel Carneiro da Cunha, José da Cruz Gouveia e Augusto Xavier de Carvalho e uma agitação, iniciada em Pernambuco, se espalhou pelo Rio Grande do Norte e Paraíba.

Junto a esses revoltosos, ansiosos por implantar uma a república confederativa, estavam Frei Caneca e Felix Antonio Ferreira de Albuquerque, expoentes desse movimento que denominaram de Confederação do Equador.

Na Paraíba destacaram-se as cidades de Itabaiana, Pilar, São Miguel, Vila Nova da Rainha e Vila Real do Brejo de Areia, envolvidas ativamente.

Os atos absolutistas do Imperador, e as nomeações para Presidentes das Províncias de Pernambuco e da Paraíba, respectivamente, Francisco Paes Barreto e Felipe Neri foram repudiados pelos republicanos.

A situação foi se agravando e Félix Antonio partiu com sua tropa de Areia para Itabaiana ao encontro de reforços que viriam de Pernambuco, enquanto que o governo da Paraíba enviou forças sob o comando do Coronel Estevam José Carneiro da Cunha para conter os revolucionários.

Foi então que, em 24 de maio de 1824,  tropas e cidadãos separatistas e republicanos se encontraram no Riacho das Pedras, tendo sido deflagrada a que é considerada “uma das maiores batalhas travadas em solo paraibano e talvez a mais importante da Confederação do Equador”.




quarta-feira, 14 de maio de 2014

Fotografia e Memória XV

                       
Grupo do Colégio Dom Bosco em 1955. O diretor Padre João Gomes da Costa, professora Carminha Bione e os alunos identificados: Joãozito Amâncio, Daminha Rodrigues, Socorro Amâncio, Zezinho Porfírio, Genival Vieira da Rocha, Murilo Trajano, Eugênia Cavalcanti, Inaldo Bezerra (Naná)
                          e as irmãs Almair e Aldair Suassuna.                              

terça-feira, 8 de abril de 2014

Cem anos do Coreto.



A mais importante obra histórica, artística e cultural de Itabaiana, na Paraíba, fará 100 anos no próximo dia 24 de maio: o Coreto. Importado da Inglaterra teve o começo da sua montagem e construção em dezembro de 1913 e foi inaugurado no dia 24 de maio de 1914, pelo seu idealizador e prefeito da cidade Manoel Pereira Borges.

Cravado em uma praça antes ornada de pinheiros, embelezava a entrada da cidade e encantava as pessoas vindas de João Pessoa pelas estradas do Una ou de Pilar com destino à terra de Zé da Luz. Hoje a Praça Manoel Joaquim de Araújo está feia pela presença de barracas e de uma rodoviária suja e deteriorada e que ali nunca deveria ter sido construída. 

O coreto foi palco de memoráveis retretas e discursos políticos. Nele esteve em campanha política o então Senador Epitácio Pessoa, Presidente da República no período de 1919 a 1922. Outro futuro Presidente, Café Filho, fez-se presente no coreto defendendo as candidaturas de Getúlio Vargas e João Pessoa para  Presidente e Vice-Presidente da República.

Em menos de cinquenta dias será o aniversário desse magnífico monumento, necessitado de uma restauração urgente.

O coreto foi tombado pelo decreto Nº 8.660, de 26 de agosto de 1980, do Governador Tarcísio Burity. Sendo assim, qualquer reforma só poderá ser realizada com a anuência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Memória Fotográfica do Carnaval. Blocos de clube.

                       1962. As índias Lourdes e Betinha Vieira, Lúcia, Vilma Maroja, Terezinha, entre outras. Foto cedida por Betinha Vieira.

(Clique nas imagens para ampliar.)

Havaianas. Lucinha Ramos, Maria Helena Bernardes, Regina Tavares, Cristina Pacheco, Eliene Amorim, Gláucia Pessoa, Glória Silva. Foto cedida por Maria Helena.

De sarongue: Betinha Vieira, Zoraida Medeiros, Lourdinha Silva, Teresa Cristina Moura, Glória Silva, Cecinha Silva, Margaret Bandeira, Deinha Silva, Helena Almeida, Josete Trajano,ângela Medeiros, Tarcísia Coutinho e Gerusa Lucena. Foto do acervo de Memória Viva.

José e Elisabeth Bandeira, Zé Mário e Leninha Pacheco, Cazuzinha e Sans-Gêne, Nair e Luiz Ramos. Foto do acervo de Memória Viva.

Querino Reis  e Lita, Zé Mário e Leninha, Yvon Rabelo e Miriam, Zé Aguiar e Berta, Orlando Araújo e Ilda, Cazuzinha e Sans-Gêne, Zé Paiva e Nícia.


Os casais José Luiz e Detinha, Antonio e Linê, Zezo e Zezé, Zé Galego e Nevinha, Zezé Duré e Didi, Aderlindo e Celinha, QUerino e Lita, Zé Aguiar e Berta, João Pinto e Geninha, Edvaldo Baêta e Dorinha.



quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Memória Viva lança seu boi de carnaval.




No carnaval de 2014 em Itabaiana - Paraíba  teremos  mais um bumba-meu-boi nas ruas, que se juntará aos demais já existentes na cidade na preservação do folclore.  É o Boi Memo, criado pela Associação Cultural Memória Viva.

Muitos trabalharam nesse boi: Galego da Imperatriz na armação, Seu Borboleta na confecção da roupa, Luciano, Margaret, Dona Tonha Marinho, Ivana Sueli e Genilson nos adornos finais. 

O batuque ficará por conta das mãos ritmadas dos garotos Leandro, Leonardo, Welson, Lucas e Josinaldo, todos moradores do bairro Açude das Pedras e  alunos de percussão da Tia Margaret,  quando esta trabalhou naquela comunidade.

O Boi Memo, acompanhado de Mateus e burricas,  sairão um único dia, domingo de carnaval. A concentração será na Praça Epitácio Pessoa às 15 horas. 

Traga suas crianças, vista suas fantasias e burricas, e venha abrilhantar esse folguedo de nossa cultura popular. 





segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Fotos do Bloco Zé Pereira.








Zé e Maria Pereira comandaram o carnaval itabaianense no sábado 22 de fevereiro, ao som de orquestra de frevos, escola de samba, bois e caboclinhos.





Luciano Marinho, Secretário de Cultura da Prefeitura de Itabaiana com colegas de trabalho e Mocinha Lopes, a grande foliã organizadora do bloco.













Maria Pereira, o Prefeito Antonio Carlos e Zé Pereira.













Luciano Marinho e Zé Pereira. 














O boi com luzes de neon chamou a atenção dos foliões.










Tribo indígena
 "Tupinambá da Fronteira.







Biu do Vasco puxa sua Escola Imperatriz do Jucuri.





 Margaret e Ganzerrôse, batuqueiros da Imperatriz.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Memória Fotográfica do Carnaval. Escolas de Samba.

Imperadores do Samba, comandada pelos irmãos Dolfo e Índio, João Dias e Diretoria do União Sport Club.

A Bagaceira. Formada por muitos jovens itabaianenses.

Última Hora, do Mestre Zé Dudu.

Imperatriz do Jucuri, há mais de 20 anos tem à frente o carnavalesco Biu do Vasco.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Sábado tem Zé Pereira.





Sábado, 22 de fevereiro, a carnavalesca Mocinha Lopes estará mais uma vez nas ruas de Itabaiana com o Bloco do Zé Pereira, tradição de sua família desde quando seu irmão Nicó era presidente da Sede dos Trabalhadores.


A concentração será no fim da Rua 13 de Maio (Posto Fiscal) e a saída está prevista para as 22 horas. Uma orquestra de frevo, a Escola de Samba Imperatriz do Jucuri  de Biu do Vasco e outras agremiações carnavalescas animarão o cortejo, cuja apoteose será na Praça Epitácio Pessoa.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Memória Fotográfica do Carnaval

No coreto de Itabaiana o bloco de carnaval "As Veranistas" em 1956. Berta Melo, Leleta, Mocinha Lopes,  Ziu,   .........dos Anjos, Ivanise Souto, Valéria Souza, Lourdes Vieira e Zaida Coelho. Sentadas: Isa Rabelo, Glorinha Cavalcanti e Eudésia Souto. Foto cedida por Mocinha Lopes.

A foliã Mocinha Petronilo. Foto cedida por Mocinha Petronilo.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Fotografia e Memória XIV

Geraldo Lucena e amigos na antiga Usina de Beneficiar Algodão de Abílio Dantas & Cia., Av. Pres. João Pessoa, Itabaiana - Paraíba. Imagem cedida por Gerusa Lucena Rocha.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Geraldo e o seu Boi Estrela.




Geraldo, 13  anos, é filho de dona Ana do Mercadinho, Açude das Pedras, Itabaiana, Paraíba.

Geraldo é dono de um boi de carnaval, o Boi Estrela. Ajudado pelos amigos, está feliz em descer e subir as ladeiras do bairro ao som de latas e baldes transformados em instrumentos de percussão.

São crianças simples, mas ricas em criatividade. Cataram paus, papelão, pedaços de tábua e de corda e eles mesmos montaram o boi, ao tempo em que demonstram amizade e capacidade de aceitação.


Esses jovens brincantes garantem, com o Boi Estrela, a preservação futura da cultura de raiz da terra de Zé Ispeciá.



domingo, 26 de janeiro de 2014

João Policarpo. O canoeiro do Rio Paraiba.




Quando a grande cheia do Rio Paraíba levou a ponte de Itabaiana(PB) em 1924, também a ponte metálica da via férrea foi danificada em uma de suas bases por um grande tronco de árvore trazido pelas águas.  

A  vila de Guarita  e  Campo Grande, localizados na margem esquerda do rio ficariam isolados, portanto, se não fosse o trabalho de João Policarpo,  homem simples, pescador, morador do Porto da Canoa na mesma vila.  

Herdeiro de uma canoa de quatro remos que foi do seu pai, Policarpo, vendo a necessidade do povo daquela região ribeirinha, deixou de lado sua profissão de pescador e colocou a sua embarcação como meio de transporte.

Foram cerca de vinte anos até que a ponte de Itabaiana fosse reconstruída. Durante todo esse tempo o canoeiro foi o único responsável pela travessia do Rio Paraíba, prestando um importante serviço àquelas comunidades. Transportou fumo de rolo, charque, farinha, açúcar, rapadura e toda sorte de gêneros alimentícios. Em sua canoa viajaram passageiros para compras e negócios em Itabaiana, padres para dar a unção dos enfermos aos moribundos da vila, crianças que iam à escola, noivas para se casarem na Matriz e até defuntos à sua última morada.


O respeitável canoeiro nasceu em 1890 e viveu 108 anos.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Lendas itabaianenses. A Lagoa do Aruá e a Cruz do Deserto

A antiga Lagoa do Aruá
  Histórias e lendas permeiam o imaginário dos itabaianenses sobre fatos supostamente ocorridos na antiga Fazenda Onça do Dr. João da Costa Pessoa, conhecido como Cel. João Nunes.


A Lagoa do Aruá - A famigerada Lagoa do Aruá era um viveiro do crustáceo chamado aruá, que vive em água doce ou em alagados. Para alguns é um bicho asqueroso; dizem, porém, que servia de alimento aos agricultores.

Certa vez uma senhora idosa pescava o pequeno molusco e foi morta a tiros de espingarda por empregado da fazenda. Falam que por engano. Dizem que a pesca era proibida naquela lagoa.

Desde então, há dezenas de anos, a Lagoa do Aruá, que antes era uma fonte inesgotável de água, perdeu a sua fecundidade até os dias de hoje. Quando o inverno vem, as águas enchem a lagoa e, inexplicavelmente, desaparecem como por encanto.



A Cruz do Deserto – A Cruz do Deserto existiu, é verdade, porém o motivo pelo qual foi construída é, no mínimo, arrepiante.

Um vaqueiro sempre que passava perto da mais frondosa mangueira da fazenda, coisas estranhas aconteciam. Um vento forte assobiava e açoitava as folhas da fruteira. O cavalo, assustado, relinchava e levantava as patas.

 Um dia, já com as sombras do entardecer, o trabalhador passava pelo mesmo local e mais uma vez o vento soprou e o cavalo soltou um relincho estridente. De repente o vaqueiro viu um vulto de homem que lhe pediu: 
-  Para que eu tenha paz, peço que seja erguida uma capela neste lugar.

E assim foi feito. Uma pequena casinha com uma cruz foi construída pelo fazendeiro e o fantasma não mais apareceu ao trabalhador. Milagres foram atribuídos àquele oratório e muitos crentes iam lá para rezar e depositar seus ex-votos.

A parte do imóvel rural onde estava erguida a capelinha foi vendida. O novo proprietário da terra mandou destruir a pequena capela tida como sagrada.



sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Luciano Marinho e a sustentabilidade no seu restaurante.



O chef de cuisine Luciano Marinho vem demostrando o seu cuidado com um meio ambiente mais sadio dando exemplo de atitude sustentável no seu restaurante em Itabaiana(PB).

Todo o óleo utilizado em frituras de salgadinhos, frango, carnes e peixes não é depositado no ralo da pia, mas reaproveitado na fabricação de sabão em barra.

É sabido que o óleo jogado nos ralos não só danifica o encanamento das casas mas, pior do que isso, polui o solo, riachos, rios e entrando em contato com a água do mar sofre uma reação química que libera um gás mais maléfico que o gás carbônico.

A preocupação do chef Luciano Marinho com a natureza é um exemplo a ser seguido pelos demais comerciantes do ramo.


Saiba mais e pegue a receita de como fazer o sabão:


http://pga.pgr.mpf.mp.br/praticas-sustentaveis/sabao

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

A casa da Lagoa do Aruá


João da Costa Pereira (João Nunes)
Quando atravessamos toda a Rua São Sebastião em Itabaiana(PB), nos deparamos com uma imponente construção dos anos 20 do século XX. É uma casa branca, cercada por árvores e flores silvestres. Beleza maior teria se não fossem as construções de conjuntos habitacionais nos terrenos desmembrados da antiga Fazenda Onça, cuja área se estendia de Itabaiana até Juripiranga.

O imóvel rural herdado do seu pai Coronel Chico Nunes, pertenceu ao Dr. João da Costa Pessoa (João Nunes), Juiz de Direito da cidade de Vicência (PE), itabaianense que na casa grande da fazenda se instalava com toda a sua família.
As irmãs Marta e Helena Alves Pessoa.

Do seu casamento nasceram oito filhos, cinco deles em Itabaiana, inclusive as simpáticas e gentis senhoras Dona Marta e Dona Helena Alves Pessoa, que hoje administram o imóvel e com quem tivemos o prazer de conversar e obter esta história.

Escultura em cimento e ferro. Autora: Marta Pessoa.
Professora de Artes em Recife(PE), Dona Marta é autora das esculturas em cimento e ferro que adornam os jardins e dos belos quadros em óleo sobre tela que decoram o interior da casa.
Os elementos fogo, ar, água e terra no trabalho "A Mãe Natureza" de Marta Pessoa
A Memória Viva foi agraciada com dois trabalhos artísticos gentilmente doados pela artista plástica Marta Pessoa.

Quadros doados à Memória Viva pela artista plástica Marta Pessoa.