sábado, 28 de janeiro de 2012

Sobre a revista "A Cidade". Antonio Aguiar




Muito interessante esta matéria sobre Memórias do carnaval itabaianense. É uma verdadeira viagem para o passado. 

Sobre a revista citada "A Cidade", gostaria de complementar que foi a primeira revista ilustrada publicada no interior da Paraíba. Como referido na matéria, tal revista foi editada por Sabiniano Maia e pelo poeta Mario Campelo, sendo financiada por José Alves de Araújo Rego, pai de Sabiniano.
A revista foi lançada em 13 de maio de 1928, com a seguinte nota editorial escrita por Sabiniano:

" A Cidade
Surge hoje pelas ruas de nossa Urbs uma revista.
A primeira aqui apparecida. Novidade. Sensação.
Itabayanna é uma grande e moderna cidade, de ruas largas, de jardins floridos e de praças elegantes.
Há cinemas, retretas e jogos de foot-ball, frequentados por melindrosas e almofadinhas. Vae em tudo um borburinho, um mundo de phantasias.
Itabayanna é uma menina de saias curtas e cabellos cortados.
As cabelleiras demi-garsonne das árvores.
É uma melindrosa que brinca nos salões o jogo das prendas, dá beliscões nos cinemas, faz o flirt nos jardins e o footing nas ruas.
Há contudo um grande silencio e muita discreção.
"A Cidade" será portanto a voz fina e educada de Itabayanna a dizer e gritar todas as suas peraltices.
Perdoem-lhe as indiscreções.
As melindrosas são sempre assim..."
(Livro Itabaiana - 1976 - Sabiniano Maia)

Recife, 28/01/2012.
Antonio Aguiar. 

Memórias do carnaval itabaianense (IV )



Esta é a mais antiga foto de carnaval do acervo da Memória Viva. No final dos anos 20 do século XX, as foliãs e amigas  Luiza Guedes e Mariinha Santiago se fantasiaram de Dançarinas de Charleston para os bailes do Itabaiana Club.

Surgido na mesma década entre os negros dos Estados Unidos, o charleston atravessou fronteiras e veio a ser um dos ritmos tocados nos salões brasileiros. Nos bailes do Itabaiana Club o Maestro Nestor Santiago se encarregava de manter sua orquestra sempre atualizada com as inovações musicais. Compôs o fox-charleston A Cidade, em homenagem à primeira revista itabaianense e paraibana do mesmo nome, de Sabiniano Maia e Mário Campelo.

Luiza Guedes é irmã de Aniceto Guedes e de Adeilde Guedes, esposa de Adolfo Queiroz de Paula. Mariinha Santiago, pianista do Cinema Modelo de Francisco Sotter, é irmã do maestro e de Elisabeth Santiago Bandeira.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Lembrança do Carnaval Itabaianense. Recordação de Orlando Araújo.

João Wilson e Orlando Araújo


              Parabéns, esse tema é fantástico e abrangente, felizes se sentem os Itabaianense ou visitantes  que  no passado participou e guarda na memória eternas recordações.O Carnaval de Itabaiana no passado representava  para Estado da Paraíba o que hoje o Carnaval de Olinda e Recife  representa para o Brasil , digo isso com plena convicção e comprovação, pela beleza cultural e pela irreverência.
              A abertura oficial começava no sábado com o bloco de Zé Pereira que com tanta dignidade Dona Mocinha o lançava na rua. Do domingo a terça feira a programação na rua era constante. Na parte das manhas  desfilava pela cidade as troças,  os bumba meu boi, os ursos, e os famosos mateus  com seus barulhentos chocalhos que quando crianças corri muito com medo deles.
             A irreverência tomava conta de toda cidade, homens se travestiam de mulheres e saiam com trejeitos afeminados. E os papangus, como eram criativos. Crianças brincavam molhando as pessoas com bisnaga de água, e o povo no geral se fantasiava para ir a rua brincar
No período da tarde ate determinada hora da noite, era a vez das escolas de samba e blocos de frevos desfilarem. Como era gostoso  sambar acompanhando uma das  escolas  ou frevar atrás dos blocos.
O corso era um espetáculo a parte, embora  possuir um veiculo fosse  privilegio dos ricos, os pobres não ficavam de fora , porque quem colocava caminhão e camionetas no desfile,  permitia que nós pobres desfilassem em cima da carroceria.Os jeeps sem duvida nenhuma eram o top model do desfile.
A noite madrugada a dentro ficava por conta dos clubes sociais, e todos eles simultaneamente faziam seus bailes carnavalesco.
             O mela mela  da terça feira  dentro da  tradicional feira  da cidade, é inesquecível, o talco, a goma  juntamente com a água, deles ninguém escapava se tentasse atravessar a feira..
             O  carnaval de Itabaiana eu  recordo com detalhes, mas , para justificar a foto acima, vou fazer um breve relato dessa fantasia.
             Nos bailes do Itabaiana clube era promovido concursos de fantasias, e então grupo de moças e rapazes se preparavam para tal. Em um determinado ano , fiz parte de um grupo que apresentou uma fantasia de pirata, fomos o 2º colocado no concurso, O Erlie Amorim , saudoso amigo que carinhosamente nós o chamava  de “Pitoco”, ficou entusiasmado e logo na manha da segunda feira propôs ao grupo fazer nova fantasia para terça feira. Surgiu um sério problema , a grana,  ninguém tinha, nosso o dinheiro  dava muito mal para pagar a entrada do clube na segunda e terça feira. Pitoco, sempre criativo, disse , vamos pensar. Ai surgiu a idéia de fantasia de espantalho. Ora , e como seria esse espantalho? Pitoco sem pestanejar perguntou! Todos tem uma camisa branca e  uma bermuda de qualquer cor, não tem? Temos. Então vamos  somente comprar, chapéu de palha,  saco de estopa que é muito barato e dois metros de pano preto para o lenço do nariz.  Perguntamos, só isso? Não,  tem mais, vamos lá o Clube pegar todas as serpentinas e confetes  que estão no chão antes de ir para o lixo.
                 Pois bem, fizemos tudo, ai partimos para confecção da fantasia, tudo isso ocorreu na casa do Sr José Alves e Dona Erancil,  pais do Pitoco. Fizemos uma  panela de grude ( goma dissolvida no fogo com água), na estopa abrimos dois buracos nas laterais para passagem dos braços e outra na parte superior para a cabeça. Em seguida lambuzamos o grude por cima e colamos as serpentinas e confetes, e colocamos para secar. O chapéu recebeu o mesmo tratamento.
                Dia seguinte, os sacos e chapéus estavam todos secos. Terça feira 10:00 da noite hora de vestir a fantasia. Tudo pronto, o  lenço preto no nariz deu todo charme, o grupo junto ficou bonito,  viu! Seguimos a pé até o clube, o povo da rua que nos via passar vibrava. Nos  concentramos  em frente ao clube até o momento da orquestra tocar  o frevo iniciando o baile, e a orquestra começou..
               Chegou a hora “H”, partimos frevando , fomos aplaudido  no corredor da turma do sereno  ( povo que olhava a festa de fora do clube)  , entramos em fila única circulando por todo salão  e sentimos que o publico  gostava da criatividade.
                Mas, infelizmente  nossa alegria durou pouco tempo, a estopa acabou com nossa festa, o calor nos sufocou, as fibras do sisal  junto com o grude começou a nos provocar um enorme comichão e tivemos que jogar fora a famosa capa do espantalho, e a fantasia ficou resumida apenas ao chapéu de palha.

Isso era um carnaval, isso era Itabaiana.

Orlando Araujo



  

Memórias do carnaval itabaianense ( III )




 Carnaval de rua de Itabaiana. Bloco "Peles Vermelhas" na folia de Momo de 1940. Fotos cedidas à Memória Viva pela Sra.Valéria Rodrigues de Souza.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Lindolfo Tomé Soares. Carnavalesco e Desportista.



Lindolfo Tomé Soares, conhecido como Dolfo, nasceu em 06.04.1921.  Ainda jovem aprendeu o ofício da marcenaria quando trabalhou na oficina do mestre daquela arte, Luiz Martins de Carvalho. Depois da morte do professor, permaneceu fabricando móveis na companhia do seu irmão Índio.

Dividindo o seu tempo entre o trabalho e o futebol, Dolfo notabilizou-se, não apenas como um artífice esmerado, mas como um atleta amador exemplar, que brilhou como zagueiro do União Sport Club desde antes de 1947, ano do seu casamento com dona Margarida Bezerra Soares.

No União, foi parceiro do irmão Índio, Vaqueiro, Neco Mago, Aluísio Ventão, entre outros,  e do jogador profissional do Náutico de Recife, o também itabaianense Luís Totô Santiago que, depois de anos, e já aposentado, quando vinha a Itabaiana tinha uma parada obrigatória para um bate-papo:  a oficina dos amigos Dolfo e Índio, a quem dedicava um carinho todo especial.

Dolfo também vestiu a camisa do Botafogo Futebol Clube, time-irmão do União, cujas torcidas se juntavam, em sua voz, na barreira do Estádio Severino Paulino, para torcer contra o arquirrival Vila Nova.

Incansável amante do futebol, Dolfo ajudou a fundar o Vasco, junto com o esportista e carnavalesco Biu do Vasco.

Não só como atleta Dolfo contribuiu para o esporte itabaianense, mas durante anos participou da Diretoria do seu time do coração, nela permanecendo até a sua morte. Cidadão honesto, Dolfo foi procurado, certa vez, por espertos senhores que desejavam convencê-lo a vender o Estádio Severino Paulino, de propriedade do União, oferecendo-lhe certas vantagens. Diante de um célere “não”, os homens tomaram o seu carro e desapareceram.

Sua contribuição à cidade em que nasceu não se limitou, apenas, ao engrandecimento do esporte.  Carnavalesco, Dolfo  deixou o seu nome eternizado  na maior festa popular. Segundo sua esposa Dona Margarida, ele fundou, com Euclides Miguel de Aguiar, conhecido como “Euclides da Caixa”, a primeira Escola de Samba de Itabaiana, a Imperadores do Samba, agremiação a que se juntaram, na luta pela sua continuidade, os seus amigos Arnaud Costa, Zequinha Bandeira, Ronaldo Brão, Zé Batista e outros foliões. Quando a Escola saía nas ruas, se via seu irmão Bola tocando cuíca na última fila.

Lindolfo Tomé Soares faleceu em 06.06.2011, aos 81 anos, deixando marcada a sua indiscutível contribuição para o esporte e para as festas populares, exemplo a ser seguido pelas novas gerações.


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Memórias do carnaval itabaianense ( II )


Itabaiana Club, um certo baile de carnaval dos anos 50 – As orquestras que tocavam nos bailes de carnaval no Itabaiana Club faziam um intervalo para o lanche lá pelas 2 horas da manhã. E, num desses intervalos nos anos 50, o Sr. Orlando Araújo disse a Zequinha Bandeira e outros amigos:  “ Duvidam que eu cante como um galo no meio do salão? “  E os amigos responderam:  “Duvidamos!!” .  E ele não se fez de rogado. Foi ao meio do salão, bateu as asas e cantou: “Cucurucucuuuuuuuuuuuu!!! “.   O fato vai aí registrado.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Memórias do carnaval itabaianense ( I )

Memórias  do  carnaval  itabaianense ( I )



1912


“Em 1912 Itabaiana não se contentou com um só carnaval, fez dois. Logo em fevereiro, nos três dias ditos momescos, exibiram-se os clubes “Encrenca” e “Paz e Amor”, e os blocos do Maracatu e do Caboclinho. Foi classificada em 1º lugar a orquestra dirigida pelo mestre Pedro Carneiro no “Paz e Amor”. Em abril, no domingo de Páscoa, este carnaval foi totalmente repetido, acrescido ainda mais do bloco “Cambindas Brilhantes”.


                                    1916


“ Outro ano de muita folia foi o de 1916, em que mediram forças os clubes “Agricultores” e “Vampiros da Época”. Tremeu a cidade, abalando até Timbaúba e outros burgos vizinhos, de lá e de cá, presentes aos festejos dos três dias gordos.

Eram principais incentivadores dos primeiros: Antonio Justino, Antonio Menezes, Delmiro Borba, Dr. Odilon Maroja, Firmino Rodrigues de Souza e José Bezerra de Menezes. Animavam os segundos: Dr. Flávio Ribeiro, Manoel Joaquim de Araújo, Francisco Rezende, João Lins, Lucindo Moura, José Vicente, Dr. João Florêncio, Lauro Melo e Ribeirinho, irmão de Dr.Odilon, e animando a todos, Zuza Ferreira, o poeta querido de todos.

O Padre Fileto cedeu os corredores abandonados da velha igreja de Santo Antonio, na Praça Álvaro Machado, para neles, às ocultas do adversário, se armassem os carros alegóricos dos “Agricultores”, enquanto que os “Vampiros” faziam o mesmo no quintal de D. Quinu Bezerra.”

Ninguém podia sair à rua sem ostentar os broches contendo uma enxada cruzada com um martelo, ou um morcego, distintivos dos dois clubes.”

Do livro Itabaiana – Sua História – Suas Memórias – 1500-1975 de Sabiniano Maia.




sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Sobre o Colégio São José. Orlando Araújo


Colégio São José de Itabaiana (PB)

È triste ver mais um extermínio histórico. .Fico indignado, mas não surpreendido, porque faz décadas  que o “ Patrimônio histórico  de Itabaiana” vem sendo irresponsavelmente  depredado.
Quem tem culpa de atos assim? Os gestores ( Prefeito e vereadores) ? O povo? Particularmente não saberia opinar.
Ø  Se decido  dizer que são os gestores, desrespeito o povo, porque são eles os representantes escolhidos democraticamente para cuidar  da educação ( é bom lembrar que não existe educação sem cultura) , da saúde  e da boa qualidade de vida daquela população e, o povo tanto os admira que os re-elegem.
Ø  Se decido  dizer que é o povo estarei sendo injusto, a grande maioria dessa população desconhece a representatividade  daquele prédio, o que ali ocorreu, quem foi Marieta Medeiros  e o  porque das citações do Colégio de São Jose de Itabaiana  em obras literárias nacionais. Para a maioria dos itabaianenses jovens culturalmente desinformados aquilo era apenas  uma casa velha que tinha  mesmo de ser derrubada e ponto final.

Numa retrospectiva pessoal,  lembro que  o Prefeito  Alceu de Almeida (1959 a 1963) derrubou gratuitamente as duas arvores Craibeiras que ornamentavam  a entrada da Praça do Coreto. Na gestão do Dr. Aglair da Silva ,  a Praça do Coreto sofre  novo atentado, 50 % dela foi destruída para construção da atual rodoviária, hoje totalmente fora da rota das principais rodovias que passam na cidade. Vale ressaltar a brilhante luta do Sr. Onaldo  Fonseca  e sua esposa Sra. Celeste Fonseca  na tentativa de não permitir a construção naquele local e sim do outro lado do Rio Paraiba, encabeçaram abaixo assinado que correu toda  cidade mas a intransigência do então Prefeito  prevaleceu, e com certeza sempre prevaleceria nos seguintes.

Das  gestões de 1984 até hoje,  a situação danou-se de vez, os prédios e monumentos históricos foram destruídos em série , o que me faz satirizar dizendo que a Praça do Coreto hoje é a Praça Pelada do Coreto Velho e Solitário, que  a Praça 24 de Maio  é  a Favela do Bebódromo, a Praça Monsenhor Coelho com seu monumental Posto de Combustível  e seus eventos de finais de semana, tornou-se a  Praça da Alegria Irreverente.

 Os prédios que ainda insistem em permanecer de pé, com certeza estão no corredor da morte, é questão de  meses. Vejo assim porque na reapresentação da Comédia Política da cidade os artistas são os mesmos e a platéia  continua respondendo o mesmo refrão.

Como falei no inicio, fico indignado, mas não sou pessimista com relação a retomada cultural de Itabaiana principalmente quando vejo a garra e a bravura de itabaianenses como Fabio Mozart , Luciano Marinho, Magaret Bandeira, Clévia Paz, Rosane Almeida e tantos outros, bem como  jovens que já se manifestam através dos blogs  suas intenções culturais.

É utopia eu sei, mas como seria bom que o povo agora em 2012 elegesse um Gestor  que visse o lado sócio/cultural  com o respeito que merece, com certeza todos sairiam ganhando.
De agora em diante, guardarei  meu desenho do Colégio de São José como uma relíquia.

Orlando Araújo
Email : araújo.opa47@gmail.com






"Antes Que Se Vão". Novo link.





Antes que se vão e nos deixe sem lembranças da arquitetura e do estilo singelos, por vezes rebuscados, dos séculos IX e XX, divulgamos  fotos de casas e monumentos de Itabaiana,  que teimam em estarem vivas.

Antes que se vão, seja pelo descaso do homem, seja pelo desgaste do tempo, seja pela modernidade que se impõe.

Mesmo que não tenham abrigado importantes personagens, são obras que nos dão prazer à alma em contemplá-las, casas cujas paredes ainda nos contam a história dos que ali viveram e da memória paisagística de nossa cidade. 

É a  página que começamos hoje, por nome "Antes que se vão". 

Confira: 


http://itabaianapbmemoria.blogspot.com/p/antes-que-se-vao.html

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Adeus Villa Marietta!




Há dias que estava para escrever sobre isto, mas estava meio sem palavras. Talvez devido à tristeza que me envolveu. Quando fiz a primeira foto acima, e vi que estavam reformando a casa, perguntei a um senhor que se encontrava em suas dependências, se a fachada ia ser preservada, ao que ele respondeu afirmativamente. Fiquei mais tranqüila.

E eis aí o que aconteceu. As marretas vibraram com toda a força do humano destruidor e fizeram desaparecer, em poucas horas, não apenas a fachada de uma construção no estilo de 1915, mas a representação simbólica do que foi a educação em Itabaiana durante 65 anos.

Ambientes em que ainda ecoava a voz da grande mestra Marieta Medeiros caíram ao chão. Salas em que se eternizaram as aulas de Pedro Souto, Luzia Dantas, Nícia Paiva, Almira Melo, Nini Paes e tantos outros professores, se desmancharam em escombros. Jardins e calçadas onde recrearam Abelardo Jurema, Jurandi Barroso, José Silveira, Mário Silveira, Damião Ramos Cavalcanti e inúmeros itabaianenses, se esvaíram em instantes.

Só as lembranças do que representou o memorável Colégio São José para cada um dos itabaianenses, elas não morrerão. Como também não perecerão os sábios ensinamentos que ficaram nas mentes de cada aluno e aluna que por lá  passaram. Isso ninguém poderá destruir.


Margaret Santiago Bandeira

Nicodemus Bezerra de Moura


Faleceu no dia 31 de dezembro o agropecuarista Nicodemus Bezerra de Moura, aos 87 anos de idade.  Pernambucano de Nazaré da Mata, Seu Nicó chegou a Itabaiana acompanhando seus pais, que para a cidade vieram em busca de cura para problema respiratório de uma pessoa da família. Pelo seu clima apropriado, Itabaiana era indicada para esse tratamento pelos médicos da época.

A família retornou a Pernambuco mas Seu Nicó já tinha se enamorado de Dona Terezinha Aguiar. Voltava sempre a Itabaiana no velho trem que vinha de Nazaré e encontrava a apaixonada  esperando na Estação. 

Pediu a mão da moça a Seu Paizinho, em 1953 se casaram e ele não mais deixou Itabaiana, onde desenvolveu, na Fazenda Caldeirão, as atividades de agropecuarista até cair enfermo.

As condolências da Memória Viva à sua família.