Texto de Lourdinha Luna para Fábio Mozart:
Itabaiana doou à Paraiba filhos com vocação para a Arte Pictórica, com tendência para o folclórico, como Otto Cavalcanti. Tenho um quadro que, se não me falha a memória, é de um itabaianense por nome J.Lucena. Este jovem envolveu-se num movimento hostil ao regime de 64. José Américo empenhou-se em livrá-lo do constrangimento que o afligia, porém, ele não esperou pelo desfecho feliz. Depressivo, suicidou-se.
Conheci o vigário de Itabaiana, o areense Mons. Francisco Coelho que era primo de José Américo. Ele vinha sempre à capital com sua lista de normalistas para nomear, dentro dos critérios traçados para as admissões de professoras, de preferência moças pobres e com bom currículo educacional. O governador recebia os pedidos e dizia: "Chico se você não tiver pressa de regressar, espere até amanhã para levar os atos e o Diário Oficial. "Chico", era o tratamnto familiar que vigorava desde eles crianças, mas em presença de estranhos era "monsenhor".
O governante foi ético em todos os atos de sua vida. Nessas visitas a João Pessoa Mons. Coelho não dispensava o almoço em nossa casa, oportunidade de alegria para nós, pela amizade e por sermos conterrâneos e aparentados, por via dos casamentos nas duas familias.
José Américo visitou Itabaiana, como governador, mais de uma vez e depois numa homenagem póstuma a Monsenhor Coelho. Leia seu discurso como paraninfo de uma turma de formandas (1954/55) É um poema de amor e valorização da terra, de seus homens e dos estudantes.
Um abraço cordial de
Lourdinha Luna
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