Chiquinha, mulher já idosa, era uma figura popular que movimentava as ruas de Itabaiana nos anos 60. Muitos
de nós nos lembramos dela.
Vivendo a fantasia de que era noiva de um rapaz chamado Juvenal, belo e rico, que não morava lá, mas que lhe enviava bilhetes, juras de amor e presentes, assim preencheu sua vida de idosa solitária por muitos anos.
Pessoa sem muitas posses, Chiquinha era ajudada financeiramente por senhores da cidade, ao tempo em que alimentavam também seus sonhos, fantasias e loucuras. Faziam Chiquinha chorar de alegria dando-lhe boas notícias do seu amado, criando nela a esperança que ele chegaria a qualquer momento para casar e levá-la consigo; como provocavam acessos de raiva, choro e desespero por histórias maliciosas de uma traição ou roubo da fortuna do abastado pretendente.
E assim seguia Chiquinha, vivendo os mais contraditórios sentimentos causados por aquela fantasia que talvez tenha sido a satisfação dos seus desejos mais recônditos não realizados.
E assim viveu Chiquinha o seu conto de fadas na sua senilidade. À espera do príncipe louro em seu belíssimo cavalo branco que a levaria ao colorido país do amor.
Aos gritos e gargalhadas de todos.
Veja mais sobre Chiquinha em postagem de 12.03.11, com crônicas e comentários de Orlando Araújo e Luciano Marinho.
http://itabaianapbmemoria.blogspot.com/2011/03/chiquinha-de-itabaiana.html
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