quinta-feira, 26 de maio de 2011

Itabaiana 120 anos. Sem bolo, nem velinhas

Acordei com barulhos de fogos, logo pensei: É  FESTA! Levantei e quando realmente despertei, percebi que se tratava do aniversário de Itabaiana, que completa 120 anos, dos quais pude participar de um terço.
Logo liguei o rádio e escutei muitos itabaianenses fazendo homenagens, políticos discursando descrevendo os eventos que se seguiriam durante o dia em sua comemoração. Muitos falaram em cultura, educação, e outros temas, mas esqueceram-se do abandono em que se encontra nossa terra mãe. Itabaiana pariu seus filhos, os escolheu para cuidá-la, mas como se não bastasse mamar em suas tetas, ainda sugam-lhe o sangue.
Lembrei das festas que Itabaiana já teve quando ainda era uma jovem cidade, e senti como ela deve está triste sendo colocada como uma idosa que, a cada aniversário, é menos notada, menos filhos e netos  vem abraçá-la, às vezes ainda mandam uma mensagem  - “afinal a vida é tão corrida, não temos tempo” - , justificam assim. A cada velinha no bolo, uma ausência, e vai ficando num cantinho, esquecida,  até não ser mais preciso comemorar.
Pensei: será que queremos ficar velhinhos e esquecidos?
Deve ser assim que nossa cidade está se sentindo hoje, e de todas as comemorações, cheguei à conclusão de que a mais adequada é a missa em ação de graças, ou melhor: in memorian.
Meus sinceros pêsames, Itabaiana querida.

 Beto Malheiros

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