segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Uma  viagem a Ferreiros – PE



Manhã de um sábado qualquer de 1982. Eu estava saindo de um plantão de 48 horas seguidas no Hospital Regional e Maternidade São Vicente de Paulo, em Itabaiana. Como sempre, um plantão bastante movimentado, uma vez que o Hospital era regional, e atendia a 18 Municípios vizinhos, inclusive, alguns do Estado de Pernambuco. Antes de ir para casa, passei na feira livre do sábado, onde comprei frutas, verduras e carne. 


Cheguei em casa, fui recebido por minha jovem esposa. Tomei banho para retirar a ressaca e a inhaca do plantão, tomei café e fui dormir um pouco. Mais ou menos às 10 horas da manhã, chega em minha casa, buzinando freneticamente, “O Vereador das Massas Populares”, o meu dileto amigo, Nô Almeida. Estava dirigindo um Fusca Verde por ele batizado de “Lírio Verde Da Esperança”.  Com a Zoada e o Alvoroço dos Almeidas, foi logo gritando:


- Deda! Cadê o Dotô Dedé?

- Está dormindo Seu Nô! Chegou do plantão agorinha! Respondeu Deda.

- Acorda ele urgente, pois Eu, Arnaud Costa e Dotô Aglair, temos um assunto muito sério a tratar com ele, disse Nô.

- Mas, seu Nô!... - balbuciou Deda.

- Seu Nô, nada! Acorde logo o homi, pois Dotô Aglair e Arnaud Costa, estão lá em casa. Cuspiram no chão e disseram que eu tinha que levar o Dotô lá pra casa, antes do Cuspe secar!  Estou aqui pra isso! Disse Nô! e foi logo entrando e se aboletando no sofá da sala.


Não precisa dizer, que quando Deda foi me acordar, eu já estava vestindo a roupa, acordado que fui pelo timbre de voz peculiar do meu amigo. Eu estava certo, que seria convidado para uma boa farra.


- O que foi que houve Nô? Perguntei.

- Sei não! Quem sabe é Dotô Aglair e Arnaud Costa que querem falar com você urgente. Respondeu Nô.

Já aboletado em “Lírio Verde Da Esperança”, Nô disse pra Deda:

- Tenha cuidado não! Nós vamos cuidar bem dele!

Deda ficou com uma mosca na orelha.


Aqui, peço licença, para retroceder 11 anos, e retornar a época que passei no Vestibular de Medicina, em janeiro de 1971. Meu Pai, tinha um Bar e Restaurante na Rua Fernando Pessoa n° 63 (A Rua da Ponte), desde 1966.


O Dr. Aglair da Silva, um dos maiores cirurgiões que já vi atuar, e que tive a ventura de aprender seus Ensinamentos, terminou o Curso de Medicina em 1968 e logo foi convidado pelo Dr. Antônio Batista Santiago, médico, chefe político e dono do Hospital e Maternidade São Vicente de Paulo em Itabaiana, para trabalhar no Hospital. Dr. Aglair, tornou-se freguês do Restaurante do meu Pai. Minha Mãe e toda minha família, tornaram-se clientes de Dr. Aglair. As qualidades de Dr. Aglair como Cirurgião, logo correu por todas as 18 cidades que o Hospital atendia. Pessoalmente, não conhecia o Dr. Aglair. Em 1968 e 1969, eu cursava o 1° e 2° ano do Técnico Agrícola (O Capa-Gato) em Areia. Em 1970, eu cursava o 3° ano Científico de Medicina no Liceu Paraibano em João Pessoa. Em janeiro de 1971 passei no Vestibular de Medicina da UFPB.


Em 1971, em Itabaiana, apenas 4 pessoas passaram no Vestibular. Era um acontecimento na Cidade. Em Medicina passamos Eu e Dr. Erivaldo, filho de Seu Zito Coletor e irmão de Erivelton, funcionário do Banco do Brasil, recentemente falecido. Em Engenharia, passou o Dr. José Maria de Almeida Filho. Em Letras, passou a Professora Terezinha Queiroga, já falecida.


Fui apresentado ao Dr. Aglair, em março de 1971, poucos dias antes do início do Ano Letivo na Faculdade. Meu Pai e minha Mãe, muito orgulhosos, apresentaram o futuro Médico ao Grande Cirurgião Dr. Aglair da Silva. Prontamente, ele ofereceu-se para que eu o acompanhasse quando surgisse uma oportunidade de estágio no Hospital de Itabaiana.


Em janeiro de 1972, minha Mãe precisou fazer uma Histerectomia Total (Retirada de Útero, Ovários e Trompas), e o Dr. Aglair seria o cirurgião. Fui convidado por ele para, pela 1° vez, entrar em uma Sala de Cirurgia …e assistir como se fazia uma Cirurgia.  Fiquei um pouco apreensivo, mas aceitei o convite. A partir dessa data, começou uma longa parceria e amizade.


A partir de 1973, quando iniciei o 4° período do Curso de Medicina, comecei a frequentar às dependências do Hospital São Vicente de Paulo, onde fiquei até outubro de 2015 quando o mesmo fechou suas portas. Foram 5 anos como Estudante e 38 como Médico. Ao todo, 43 anos ininterruptos. Primeiro comecei observando muito. Depois, aos poucos entrando como auxiliar do Dr. Aglair nas Cirurgias mais simples, para segundo Ele, “Ir Perdendo o Medo”. Aos poucos, foi-se estabelecendo uma Grande Amizade e Confiança Mútua.


Eu, bem jovem, 12 anos mais novo que Dr. Aglair. Ele nasceu em 1939 e eu nasci em 1951. Aos poucos, mas com segurança e firmeza, fui aprendendo os segredos da Cirurgia e me tornei praticamente o “Ajudante Oficial” das Cirurgias de Dr. Aglair, no Hospital São Vicente de Paulo e no antigo Pronto Socorro Municipal de João Pessoa, como Estudante sempre aos Domingos, de 1974 à 1977, ano da minha Formatura.


Em 1976, o Dr. Antônio Batista Santiago, na época, Prefeito de Itabaiana, lançou o Dr. Aglair como Candidato à sua sucessão como Prefeito. Eu estava no 10° período do Curso de Medicina (equivalente ao 5° ano de Medicina) e praticamente, morava no Hospital. Só não tinha ainda o Diploma, mas era capaz de realizar alguns tipos de Cirurgia. Devo esse aprendizado, principalmente ao Dr. Aglair, e ao Dr. Lindonor Pires de Almeida, que também teve uma boa influência no meu aprendizado. 


A campanha para Prefeito de Itabaiana em 1976, foi duríssima. O Dr. Aglair concorreu pela ARENA 1, eis os Resultados:

- ARENA 1 - Dr. Aglair da Silva + Fernando Cabral de Melo - 2768 VOTOS

- ARENA 2 - Dr. Emir Nunes + Antônio Carlos Rodrigues de Melo - 1112 VOTOS

- MDB 1 - Cândido Inocêncio Gouveia Neto (Sr. Candinho) + Arnaud Silva Costa - 2030 VOTOS

- MDB 2 - João Pedro da Silva (Capitão Joca Pedro) + Sebastião Tavares de Oliveira (Babá) - 1591 VOTOS 

Diferença Pró Arena de 259 votos, Dr. Aglair Eleito Prefeito para 4 anos de mandato, mas governou por 6 anos, de Janeiro de 1977 a Janeiro de 1983 (mais na frente explico o motivo).


Durante o período em que o Dr. Aglair foi Prefeito, consolidou-se nossa amizade e confiança mútua, ao ponto de, onde chegava, o Dr. Aglair anunciava aos 4 ventos, que queria que eu fosse o seu sucessor na Prefeitura. Eu sempre lhe respondia, que não tinha interesse em Política Partidária, principalmente, concorrendo pela Arena (Partido do Governo Militar), que eu não via com bons olhos. Eu havia votado em Dr. Aglair, por gratidão a ele, não por amor à Arena.


O Dr. Josué Dias de Oliveira (irmão do músico Sivuca), que já havia sido Prefeito pelo MDB de 1968 a 1973, tinha se tornado amigo e aliado do Dr. Aglair. O meu querido amigo, o Rábula Arnaud Costa, que tinha sido Candidato à Vice Prefeito de Seu Candinho do MDB, também havia se tornado amigo, aliado e conselheiro do Dr. Aglair. Esses dois amigos comuns, eram entusiastas da minha indicação a sucessão de Dr. Aglair. Eu não queria. Tinha medo dos Caminhos Sinuosos que muitas vezes, os Noviços em política são levados à Trilhar. Além de não gostar da Arena.


Na gestão de Dr. Aglair, ele era o Prefeito de Direito, mas quem era a Prefeita de Fato, era sua esposa, Dona Dida. Ele continuou a ser o Grande Cirurgião de sempre. Se sentia muito confortável em uma Sala de Cirurgia. Adorava um bate-papo com amigos e pessoas simples. Adversários e Correligionários o adoravam. Ficava muito feliz, quando convidado para comer uma Galinha de Capoeira Torrada em Panela de Barro com lenha de Angico, acompanhada de uma fava verde à sombra de uma frondosa Mangueira e outros acompanhamentos bem geladinhos.


Uma vez me contou em segredo, que detestava a Liturgia do Cargo, Inaugurações, Gente Importante com o Nariz Empinado, o Ambiente Falso onde "Cobras maiores, engoliam às menores", sempre com traições, etc. Como disse antes, Dona Dida começou a aparecer como a Grande Benfeitora de Itabaiana.


Apesar de Dr. Aglair ser o Prefeito, as grandes realizações tinham o DNA de Dona Dida. Ela era dinâmica, atuante, presente, sabia o que queria e enfrentava todos os obstáculos, inclusive poderosos, com muita coragem e determinação. Essa personalidade forte e atuante, a Credenciou junto à população como “Mãe Dida”. E começou-se a falar em Dona Dida ser a sucessora do marido na Prefeitura. Apesar dos riscos com o aspecto legal. A coisa seria mais ou menos assim: “Ganhe no Voto, e o clamor Popular vai inibir a Frieza da Lei”.


Alguém incutiu essa ideia na cabeça de Dona Dida. Ela apegou-se a essa ideia e partiu pra lutar pelo que queria. Alguns antigos aliados tentaram inutilmente tirar essa ideia da cabeça dela. Como consequência, alguns aliados que sabiam do risco que corriam de a chapa ser impugnada não aceitaram participar da chapa como Vice-Prefeito.


Em 1979, uma manobra do Governo Federal, prorrogou os mandatos dos vereadores, vice-prefeitos e prefeitos de todo o Brasil, por mais 2 anos(eis o motivo dos 6 anos de mandato do Dr. Aglair), fazendo com que coincidissem essas eleições, com as eleições para Governadores e Prefeitos das Capitais, que não ocorriam, desde 1965. Essas eleições gerais, seriam em 1982. Só não haveria ainda, eleições para Presidente da República.


Dr. Aglair, parecia ter desistido da ideia de me tornar Candidato a sua sucessão. Fiquei tranquilo. Nem eu queria ser candidato, nem gostava do Partido do Governo, que em 1982 chamava-se PDS. O antigo MDB, agora se chamava de PMDB. Fiquei cuidando de minha carreira de Médico, sendo plantonista do Hospital São Vicente de Paulo, Sindicato de Pilar, Prefeitura de Salgado de São Félix e Prefeitura de Mogeiro, totalmente alheio às lutas paroquiais da política.


Feito esses esclarecimentos, voltemos a bela manhã de um sábado qualquer de junho de 1982.


“Lírio Verde da Esperança” (o Fusca Verde de Nô), desceu a ladeira da minha Casa no Loteamento Luiz Saraiva, atravessou os 295 metros da Ponte sobre o Rio Paraíba, que tinha dado uma Cheia na noite anterior e finalmente chegou na Rua Vereador Luiz Martins de Carvalho, residência do Vereador Nô Almeida. Lá nos esperavam em baixo do Pé de Manga “Rosa Mel”, Dona Lia de Seu Nô, Arnaud Costa e Dr. Aglair.


Desci de Lírio Verde da Esperança e fui logo perguntando:

- Vocês não têm o que fazer não, é? Quarenta e oito horas de plantão vocês mandam Nô me acordar pra ver o quê, em? Todos riram, e Arnaud Costa disse:

- Soldado tem que estar sempre alerta, a qualquer hora do dia, ou da noite!

- Nem ao exército servi, pois me alistei em Município não Tributário. Respondi.

- Já são 11 horas do dia! Vamos embora, resolver o que já está resolvido, disse Nô.

- Se já está resolvido, por que eu preciso ir? Perguntei.

- Precisa sim! Você é parte da solução do problema, disse Dr. Aglair. 

- Eu pensava, que íamos tomar umas "Bicadas", e vocês vêm com mistérios? Ponderei.

- Pra onde tu vai, Nô? Perguntou Dona Lia.

- Vou sair do Município. Só chego à noite pra tomar banho, jantar e dormir, e estamos conversados. Disse Nô, encerrando a conversa.

- Alguma Safadeza, vocês estão aprontando! Reclamou Dona Lia.

Embarcamos em Lírio Verde da Esperança, que tinha algumas Regras Pré-Estabelecidas por Nô:

- Só levava quatro passageiros.

- Não andava à mais de 50 km/hora.

- Não se emprestava a ninguém.

- Não andava em dia de chuva, nem no barro.

- Não se batia a porta com força.


Obedecendo a esses rituais e regras pré-estabelecidas, pegamos a estrada para Pernambuco. Após uns 10km, perguntei curioso:

- Para onde estamos indo? Estão me sequestrando, é?

- Deixe de ser perguntador, e aguarde uns 10 minutos. Disse Nô!


Já no Estado de Pernambuco, andamos mais um pouco, e chegamos à Cidade de Ferreiros. Era mais ou menos meio dia, e paramos em um Bar. No dia anterior, Nô passou no Bar, e encomendou Galinha de Capoeira, Fava verde, Cachaça da Boa, Cerveja Gelada e Rum Montilla Carta ouro, Coca Cola, Gelo e Limão (para mim, sem saber nem que eu ia). Arnaud Costa não mais bebia, mas era um excelente Garfo e quase dá conta da galinha sozinho.


Sentamos em uma mesa reservada lá nos fundos, tomamos as Providências Iniciais e eu muito curioso, pedi que me "abrissem o jogo", Dr. Aglair dirigiu-se a Arnaud Costa e disse: - Fala Arnaud, tu és mais jeitoso.


Minha curiosidade aumentou: - Então, não foi pra uma farra que me convidaram? O que será? Pensei com meus botões. Arnaud Costa, sempre formal e cerimonioso, retirou os óculos, calmamente com um guardanapo os limpou, e deixou-os em cima da mesa, e iniciou sua preleção:


- Dedé, você sabe da preferência que o Dr. Aglair, eu e o Dr. Josué Dias de Oliveira sempre tivemos pelo seu nome para a sucessão de Dr. Aglair na Prefeitura. Isso nós sempre discutíamos no Escritório Sobral Pinto (Escritório de Advocacia de Dr. Josué e Arnaud Costa). 


Ocorre, que ao longo do mandato de Dr. Aglair, o nome de Dona Dida, cresceu muito, e ela convenceu-se de que, para ganhar do PMDB, só ela conseguiria, apesar dos Riscos Jurídicos que estaríamos correndo. É tanto, que às vésperas das Convenções Partidárias, não encontramos um vice para Dona Dida. Muita gente desconfia, que podemos ganhar as eleições e não levar, por conta dos Problemas Legais que envolvem essa Candidatura.


Continua Arnaud: O Dr. Emir Nunes, quer retirar a Candidatura pelo PDS 2. Mas o Governo tem como fazer ele manter a Candidatura. Outras pessoas com bom nome na Cidade, foram convidadas e não aceitaram ser Vice de Dona Dida, pelo risco que a Candidatura corre de ser impugnada antes ou mesmo depois das eleições se ela ganhar. Estamos nesse impasse.


- Arnaud, o que é que eu tenho a ver com isso? Perguntei.

- Nós aqui pensamos, que você poderia aceitar ser o Vice de Dona Dida! Viemos aqui oficialmente, fazer-lhe o convite! Você é um médico jovem, querido por todos, independente de cores partidárias. Têm trânsito livre por todos os setores da Sociedade. É professor do Colégio Estadual de Itabaiana e têm grande influência no eleitorado jovem e estudantil. Transita livre, desde Blocos Carnavalescos às Peladas nas areias do Rio Paraíba, passando por bares e qualquer recanto de Itabaiana. Por Esse Motivo, Estamos Aqui.


- Meus amigos! Existem alguns problemas que impedem que esse desejo se realize. Respondi.

- Primeiro: Dona Dida, apesar de minha amizade com Dr. Aglair, me olha meio enviesado, por conta de minha amizade com Edilson Andrade e com o Dr. Edvaldo Pereira Carreiro, diretor do Hospital São Vicente de Paulo e inimigos políticos dela.

- Segundo: Não gosto do jogo não muito limpo da Política Partidária.

- Terceiro: O Partido do Governo, o PDS nunca me agradou.

- Quarto: O Vice, ao invés de ter nome forte, deve ter Dinheiro, e eu não tenho. 

- Quinto: Eu também acho que ela não me aceita também não!


Dr. Aglair que não tinha falado ainda, disse: 

- Se ela não aceitar, lançaremos você pelo PDS 3 e você trará votos de descontentes de todas as alas, além daquelas pessoas que já lhe admiram!

- Dr. Aglair, eu iria fazer papel de quê? Sem dinheiro, sem estrutura, sem palanque, sem nada? Eu iria fazer papel de Mamulengo de Ópera-Bufa em Meio de Feira! Respondi.

- Nós encontraremos uma forma de ajudar você! Que tal? Disse Arnaud.

- Não! Definitivamente Não! Respondi.

Nô Almeida já mais ou menos irritado, disse:

- E você têm o que querer, seu Cabra! Quem manda em você é seu Benfeitor, o Dotô Aglair! Não discuta! Essa conversa já foi longe demais!

- Muito bem Nô! Arnaud, segunda-feira, leve Dedé pra falar com Dida, e assunto encerrado. Prepare a documentação legal dele, e vamos à Convenção! Ele vai ser o Vice de Dida e Ponto Final. Disse Dr. Aglair.


Por gratidão ao Dr. Aglair, aceitei a missão. Disputei as eleições de 1982, como Vice-Prefeito de Dona Dida e ganhamos do PMDB, por uma diferença de 263 votos. Fomos Diplomados pelo Juiz Eleitoral. O PMDB, como se temia, impugnou a chapa vencedora. A justiça julgou procedente o pedido do PMDB. Dois eleitores contrariados com o resultado do julgamento, no dia 30 de dezembro de 1982 atentaram contra à vida do Juiz. Houve muitos desdobramentos pós essa ação. No impedimento de Dona Dida, fui empossado como Prefeito do Município interinamente. Governei Itabaiana do dia 31 de janeiro de 1983 até o dia 09 de março de 1983. Arnaud Costa, foi Secretário Geral da Prefeitura nos 39 dias que exerci esse mandato. 


Em 09 de março de 1983, o Presidente da Câmara, o Vereador Edilson Andrade tomou posse como Prefeito, até outubro de 1984, quando assumiu definitivamente o Sr. Severino Ramos da Silva (O Galego da Prestação), eleito numa Eleição Extemporânea ocorrida apenas em Itabaiana.


As entrelinhas dessa viagem que 4 amigos fizeram em Lírio Verde da Esperança (O Fusca Verde de Nô Almeida, que ainda hoje repousa em uma garagem), para a Cidade de Ferreiros, está sendo revelada hoje, dia 06 de outubro de 2023, 41 anos depois. É a História Real, Nunca Antes Contada Oficialmente. Na foto, eu e Dona Dida quando recebemos a notícia que ganhamos a eleição.


José Barbosa de Lucena (Dr. Dedé), Itabaiana – PB, 6 de Outubro de 2023.

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