Memórias do carnaval itabaianense ( I )
1912
“Em 1912 Itabaiana não se contentou com um só carnaval, fez dois. Logo em fevereiro, nos três dias ditos momescos, exibiram-se os clubes “Encrenca” e “Paz e Amor”, e os blocos do Maracatu e do Caboclinho. Foi classificada em 1º lugar a orquestra dirigida pelo mestre Pedro Carneiro no “Paz e Amor”. Em abril, no domingo de Páscoa, este carnaval foi totalmente repetido, acrescido ainda mais do bloco “Cambindas Brilhantes”.
1916
“ Outro ano de muita folia foi o de 1916, em que mediram forças os clubes “Agricultores” e “Vampiros da Época”. Tremeu a cidade, abalando até Timbaúba e outros burgos vizinhos, de lá e de cá, presentes aos festejos dos três dias gordos.
Eram principais incentivadores dos primeiros: Antonio Justino, Antonio Menezes, Delmiro Borba, Dr. Odilon Maroja, Firmino Rodrigues de Souza e José Bezerra de Menezes. Animavam os segundos: Dr. Flávio Ribeiro, Manoel Joaquim de Araújo, Francisco Rezende, João Lins, Lucindo Moura, José Vicente, Dr. João Florêncio, Lauro Melo e Ribeirinho, irmão de Dr.Odilon, e animando a todos, Zuza Ferreira, o poeta querido de todos.
O Padre Fileto cedeu os corredores abandonados da velha igreja de Santo Antonio, na Praça Álvaro Machado, para neles, às ocultas do adversário, se armassem os carros alegóricos dos “Agricultores”, enquanto que os “Vampiros” faziam o mesmo no quintal de D. Quinu Bezerra.”
Ninguém podia sair à rua sem ostentar os broches contendo uma enxada cruzada com um martelo, ou um morcego, distintivos dos dois clubes.”
Do livro Itabaiana – Sua História – Suas Memórias – 1500-1975 de Sabiniano Maia.
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