A antiga Lagoa do Aruá |
A Lagoa do Aruá - A famigerada Lagoa do Aruá era um viveiro do
crustáceo chamado aruá, que vive em água doce ou em alagados. Para alguns é um
bicho asqueroso; dizem, porém, que servia de alimento aos agricultores.
Certa vez uma senhora idosa
pescava o pequeno molusco e foi morta a tiros de espingarda por empregado da
fazenda. Falam que por engano. Dizem que a pesca era proibida naquela lagoa.
Desde então, há dezenas de anos, a
Lagoa do Aruá, que antes era uma fonte inesgotável de água, perdeu a sua
fecundidade até os dias de hoje. Quando o inverno vem, as águas enchem a lagoa
e, inexplicavelmente, desaparecem como por encanto.
A Cruz do Deserto – A Cruz do Deserto existiu, é verdade, porém o
motivo pelo qual foi construída é, no mínimo, arrepiante.
Um vaqueiro sempre que passava
perto da mais frondosa mangueira da fazenda, coisas estranhas aconteciam. Um
vento forte assobiava e açoitava as folhas da fruteira. O cavalo, assustado, relinchava
e levantava as patas.
Um dia, já com as sombras do entardecer, o
trabalhador passava pelo mesmo local e mais uma vez o vento soprou e o cavalo soltou
um relincho estridente. De repente o vaqueiro viu um vulto de homem que lhe
pediu:
-
Para que eu tenha paz, peço que seja erguida uma capela neste lugar.
E assim foi feito. Uma pequena
casinha com uma cruz foi construída pelo fazendeiro e o fantasma não mais apareceu
ao trabalhador. Milagres foram atribuídos àquele oratório e muitos crentes iam
lá para rezar e depositar seus ex-votos.
A parte do imóvel rural onde
estava erguida a capelinha foi vendida. O novo proprietário da terra mandou
destruir a pequena capela tida como sagrada.
Parabéns pela matéria! Essas lendas, que povoaram a minha mente de criança, as quais, já havia esquecido, voltaram muito nítidas, hoje me faz rir, o que me me metia tanto medo, naquela tenra idade! Obrigada, por fazer-nos recordar! Isso é muito bom! Continue sempre nos deleitando com os seus escritos. Abraços. Rita de Cássia.
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