Compondo
a biblioteca da Memória Viva, o cordel "Sivuca. O Deus Loiro da
Sanfona", de autoria de Manoel Monteiro, poeta pernambucano de
Bezerros, tido como "o mais importante cordelista brasileiro em
atividade".
O poeta
começa pedindo inspiração à deusa dos poetas para contar a vida do Mestre
Sivuca:
"01
- Deusa dos Poetas vinde
Auxiliar minha cuca
Já um pouco enferrujada
Capenga e meio caduca,
Para rejuvenescida,
Retratar "flashes" da vida
Do grande músico Sivuca."
Sobre
nossa Itabaiana, terra do grande músico, o poeta diz no verso 03:
"03
- Na pacata Itabaiana
Que dorme placidamente
Às margens do Paraíba,
Rio de várzea imponente,
Em 30, século passado,
Sivuca nasceu dotado
Para encantar sua gente."
Continua discorrendo sobre a vida do maior músico
itabaianense e conta como aconteceu sua primeira apresentação fora de sua
terra:
“19 –
Num Programa de Calouros
Que a Guararapes fazia
Ele estreou com sucesso
Ao tocar naquele dia
Tico-Tico no Fubá
Dando u’a amostrinha da
Arte que o consagraria
20 – O grande Nelson Ferreira
Maestro pernambucano
No mesmo instante notou
O seu
gênio soberano
E dispôs-se apadrinhá-lo
Começando por chamá-lo
Sivuca, o paraibano.”
E, no seu antepenúltimo verso, lamenta a viagem do
menino prodígio de Campo Grande:
“60 –
Aos 14 de Dezembro
De 2006 morreu
De um câncer pernicioso
O tocador que nos deu
Por 7 décadas seguidas
Alegrias repetidas
Nas obras que concebeu.”
Associação Cultural Memória Viva
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