quinta-feira, 21 de junho de 2012

"Sivuca. O Deus Loiro da Sanfona"




Compondo a biblioteca da Memória Viva, o cordel "Sivuca. O Deus Loiro da Sanfona", de autoria de Manoel Monteiro, poeta pernambucano de Bezerros, tido como "o mais importante cordelista brasileiro em atividade".

O poeta começa pedindo inspiração à deusa dos poetas para contar a vida do Mestre Sivuca:

"01 - Deusa dos Poetas vinde
        Auxiliar minha cuca
        Já um pouco enferrujada
        Capenga e meio caduca,
        Para rejuvenescida,
        Retratar "flashes" da vida
        Do grande músico Sivuca."

Sobre nossa Itabaiana, terra do grande músico, o poeta diz no verso 03:

"03 - Na pacata Itabaiana
       Que dorme placidamente
       Às margens do Paraíba,
       Rio de várzea imponente,
       Em 30, século passado,
       Sivuca nasceu dotado
       Para encantar sua gente."

Continua discorrendo sobre a vida do maior músico itabaianense e conta como aconteceu sua primeira apresentação fora de sua terra:

“19 – Num Programa de Calouros
        Que a Guararapes fazia
        Ele estreou com sucesso
        Ao tocar naquele dia
        Tico-Tico no Fubá
        Dando u’a amostrinha da
        Arte que o consagraria

 20 – O grande Nelson Ferreira
        Maestro pernambucano
        No mesmo instante notou
        O seu gênio soberano
        E dispôs-se apadrinhá-lo
        Começando por chamá-lo
        Sivuca, o paraibano.”

E, no seu antepenúltimo verso, lamenta a viagem do menino prodígio de Campo Grande:

“60 – Aos 14 de Dezembro
         De 2006 morreu
         De um câncer pernicioso
         O tocador que nos deu
         Por 7 décadas seguidas
         Alegrias repetidas
         Nas obras que concebeu.”

Associação  Cultural Memória Viva

           

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